quinta-feira, 30 de junho de 2011

CRIANÇA MORRE POR NEGLIGÊNCIA NO HOSPITAL REGIONAL DE SANTARÉM

O Bombeiro Civil e instrutor Gerdson Oliveira e sua esposa Francisca Paula nunca poderiam acreditar que o sonho de juntos terem um filho poderia se transformar em uma triste realidade, do jeito como aconteceu. Tudo porque o filho do casal Hugo Santiago de Oliveira nasceu prematuro, na sala de partos da Clínica Albany, e teve que ser levado para o Hospital Regional, onde deveria receber primeiros socorros, o que não aconteceu, fazendo com que a criança, por pura negligência, viesse a falecer, por conta de uma infecção generalizada. Os pais da criança levaram o caso ao Ministério Público Estadual e esperam providências, ainda que esta espera esteja sendo interminável.

Fatos – Segundo os pais da criança relataram à equipe do jornal O Impacto, o bebê Hugo Santiago nasceu por volta das 11 da noite do dia 06 de maio deste ano, na Clínica Albany, de Santarém, prematuro de sete meses. Porque a clínica, apesar de estar prestando um serviço pago, desde o pré-natal, não possuía equipamento necessário que garantisse uma vida pós-parto saudável, a pediatra da clínica resolveu que a criança fosse levada para o Hospital Regional. “Como é que na Clínica Albany eles vendem um serviço que não existe? Pergunta o Bombeiro Civil. Segundo Gerdson, pai da pequena vítima, a Clínica Albany não possui UTI neo-natal, só serve para fazer parto normal, se tiver alguma complicação, não existe suporte médico adequado dentro da clínica”, ele ressaltou.

Mediante esta complicação, o pai da criança resolveu sair em busca de um respiradouro. O que só conseguiu por volta das 3: 47 da manhã já no dia 07 de maio, emprestado do Hospital Regional. “Por obras e graça de um milagre divino, o bebê não precisou do equipamento de revitalização, pois teve sua saúde recuperada naturalmente. “O pequeno Hugo Santiago, mediante este quadro clínico satisfatório, ficou quinze dias na Clínica Albany, ganhando peso. “O neném estava respirando bem e segundo o Dr. Daniel, pediatra da clínica, ele estava saudável”, conta o pai da criança.

No dia 19 de maio, depois de muito lutarem para conseguir uma vaga, a criança foi transferida ao Hospital Regional, para ganhar peso. Isso aconteceu dias depois do bebê nascer na Clínica Albany. Um dia depois, os médicos resolveram fazer um exame na criança, para constatar suas reais condições de saúde, foi quando descobriram que a criança havia contraído infecção hospitalar.

Segundo o que foi registrado no prontuário do recém nascido, no dia 20 de maio, havia sido identificada uma infecção nos exames. No dia 26, o bebê encontrava-se encubado e apresentando sangramento gástrico. Uma médica, Dra. Solange, mostrou os resultados de exames onde constatava infecção no corpo da criança desde o dia 20 de maio. Mediante insistência dos pais da criança, os médicos resolveram agir, mas era tarde demais.

Perguntas sem resposta - Apesar da morte prematura do bebê, os pais da criança fazem suas indagações, procurando entender por que houve tamanha negligência no Hospital Regional? Por que, então, no dia 20, quando a infecção teria sido detectada, não foi feita a medicação necessária? Por que os médicos deixaram a infecção ser agravar? Eis as perguntas que o casal Gerdson e Francisca Paula fazem. Como não obtêm resposta, procuraram o Ministério Público Estadual em busca de providências. “Gostaríamos de entender por que foi identificada infecção no bebê em exames do dia 20, mesmo assim ele não estava tomando medicação? Perguntam os pais da pequena vítima. A família solicitou o prontuário, mas a direção do Hospital Regional disse que só entrega o documento em 60 dias úteis. Enquanto isso, o caso segue sem solução, sem que os culpados sejam punidos

RG 15 

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