O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Santarém tem afirmado ser uma das preocupações da entidade e dos comerciantes da área comercial vítimas de furto, a insegurança e falta de câmeras de vídeo (que deviam bancar e não esperar do governo) para afugentar larápios, ocasionando a preferência de alguns por locais afastados, podendo ocasionar esvaziamento. Para milhares de anônimos “daqui” e dos municípios vizinhos, diariamente transitando pelo local, principalmente dos idosos, as motivações diferem: são as mercadorias em muitas lojas estampadas nas paredes que servem de vitrine, bancadas de madeiras nas calçadas com exposição de mercadorias impedindo passagem e das mesmas em toda extensão comercial serem irregulares a cada quarteirão, com pisos escorregadios ocasionando quedas, muitas com seqüelas, afugentado compradores. Abacaxi aparentemente fácil para o Alexandre descascar, basta querer acabar com as reclamações, retirar o péssimo aspecto do lugar e solucionar um problema grave que a cada ano se aumenta.
FALTA NA DEBAIXO
Há dez anos, aposentados e pensionistas da Previdência Social “próximos a 10 milhões” recebendo acima de 1 mínimo/mês não são bem tratados pelo governo federal, com aval quase unânime de senadores e deputados de sua base política no congresso. Neste período não receberam o mesmo reajuste dado anualmente a quem percebe o mínimo, a título de correção. Seus proventos ficam abaixo da inflação, reclamam, recebem promessas, mas nunca foram agredidos verbalmente por autoridade do governo. No Japão, uma das maiores economias do planeta, a situação dos idosos é bem diferente, em janeiro o jovem Ministro das Finanças (72 anos) declarou que pacientes em estado terminal deviam se apressar a morrer para poupar gastos do governo com a saúde pública. Japoneses são conhecidos pelos excessos, o que possuem a mais na cabeça, falta na debaixo.
ACOMODADOS
Aumento do preço da farinha acima de 200% num ano na região oeste paraense continua sendo apontado ao excesso de bolsas (dinheiro) dadas mensalmente pelo governo federal às famílias produtoras antes residentes na zona rural e comunidades ribeirinhas que compraram casas, se mudando para a cidade, diminuindo a produção. O mesmo ocorre em relação ao pescado em falta e caro nos mercados de peixe, maioria das espécies vendidas a quilo acima do cobrado pela carne. Os tidos como de 1ª suplantam o do filé, e de parte dos pescadores artesanais (não piratas) estarem de férias, proporcionada pelo recebimento dos 4 meses (1 salário mínimo/mês) do Seguro Defeso somado a Bolsa Floresta. Como todos os familiares pescam e recebem o seguro, melhor deixar os peixes em paz neste período e ficarem de pernas pro ar. As eleições se aproximam “2014”, quanto mais bolsas, para alegria de comerciantes grandes e pequenos, a companheira Dilma criar, ganha votos, mas incentiva a vadiagem.
VIOLÊNCIA
As forças de segurança do país têm mostrado despreparo para combater a marginalidade e devolver segurança às famílias brasileiras, maiores vítimas dessa fraqueza oficial, principalmente no estado de São Paulo e Santa Catarina onde são mortos dezenas por dia de maneira aleatória, como ocorreu em São Paulo com uma professora de informática, assassinada quando se encontrava com duas colegas jogando baralho na calçada. Quem foi? Ninguém sabe, ninguém viu. Em Santa Catarina, na capital e no interior, a queima de ônibus, caminhões e metralhadas nos postos policiais continuam, só que agora os bandidos resolveram inovar, roubam celulares e carteiras dos passageiros. Semana passada, o ministro da Justiça deixou o conforto de Brasília indo a Florianópolis, reunindo com governador prometendo vagas em presídios de segurança máxima e ida da Força de Segurança Nacional, o que ocorreu, mas de seguro para o povo nada. No retorno do ministro a capital federal a violência aumentou, entre as 52 pessoas presas como suspeitas, 40 foram recambiadas para presídios no Rio Grande do Norte e Roraima, ficando 19 menores detidos, assistidos por Ongs e entidades defensoras dos direitos humanos, nenhuma preocupada com a família das vítimas.
GENÉRICO PODE SER FALSO
O fato do prefeito assumir uma prefeitura deixada economicamente arrasada, secretarias e veículos paralisados (sucateados), cidade tomada de lixo, débito com funcionários e fornecedores, não constitui base jurídica para ser decretado estado de emergência, permitindo gastos sem licitações. Em 2005, ao tomar posse na de Novo Progresso, Tony Afabio, sem motivo algum recorreu a emergência, cometendo desatinos com dinheiro público. Resultado: foi processado pelo Ministério Público, respondendo ação por peculato em vias de ser condenado. No Pará 19 prefeitos recorreram a esse genérico que pode ser falso. A grita dos prefeitos, mais de 500 pelo país, bem ou mal intencionados (devem ter muitos) foi tão grande que alertou o Ministério Público Federal a colocar na alça de mira essas prefeituras que a qualquer momento podem ser investigadas.
NÚMEROS NÃO BATEM
A divulgação da nota de responsabilidade do Ministro da Justiça baseada em dados fornecidos pela Polícia Rodoviária Federal informando da “performance” da nova Lei Seca do Álcool Zero mostrando redução (18%) em comparação ao ano anterior de morte nas estradas federais nos dias prolongados do Carnaval, da alta de prisões e da apreensão de carteiras de habilitação, diminuindo o número de acidentes e feridos, não conferem com a verdade do que realmente ocorreu no país por não estar computado as vítimas das estradas estaduais, das municipais, das vias urbanas e dos hospitais, onde Santarém apresentou entre os milhares de municípios brasileiros parcela significativa na PA de Alter do Chão. Na opinião de conceituado comentarista da Rede Globo o ministro tenta tapar o sol com peneira escondendo com estatísticas disfarçadas uma grande tragédia superando em cada dia do Momo (6) a da boate Kiss, onde quase 250 jovens em janeiro perderam a vida. Será?
VANDALISMO
Belém, conhecida e famosa como a cidade onde mais chove no Brasil, de terça pra quarta feira (13) recebeu, segundo entendidos, a maior chuva dos últimos 30 anos, levando as águas todos os trabalhos feitos pelo prefeito Zenaldo Coutinho nos 42 dias de administração, como limpeza de ruas (lixos) e desentupimento de canais. Serviço hidrográfico da Marinha alertou de outras idênticas ou piores poderem ocorrer. Descontentamento da população contra fenômenos naturais, normais em período de inverno, nenhum. Em São Paulo moradores revoltados contra enchentes num bairro, 10 homens destruíram ateando fogo, 6 ônibus, prejudicando milhares de moradores que retornaram a pé pra casa. Arte de marginais orientados a incendiar o país. Se a bandidagem que age na capital tivesse a mesma mentalidade dos colegas paulistas, Belém teria sido parcialmente destruída. Ainda bem.
Ronaldo Campos