domingo, 20 de abril de 2014

SANTARENO QUE DIRIGIA CAÇAMBA QUE SE ENVOLVEU EM ACIDENTE QUE MATOU 15 PESSOAS EM MANAUS TINHA CONSUMIDO ÁLCOOL E COCAÍNA. REVELA LAUDO

acidente no mês passado que matou 15 pessoas

Ozaías, que dirigia a caçamba que se chocou com o micro-ônibus na Avenida Djalma Batista, no dia 28 de março, era contratado de empresa que prestava serviço para a Prefeitura de Manaus. Ambas poderão responder civilmente pelo ocorrido.

O laudo do Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil do Amazonas atesta que o motorista da caçamba, Ozaías Costa de Almeida, 36 anos, que chocou com um micro-ônibus e matou 15 pessoas na Avenida Djalma Batista, no último dia 28 de março, tinha consumido cocaína e álcool no dia do acidente. O documento data do dia 7 de abril e até agora não tinha sido divulgado pelos órgãos oficiais.

De acordo com o laudo do IC, “o teste imunocromatográfico para pesquisa de cocaína em urina resultou ‘POSITIVO’ para concentrações de benzoilecgonina superiores a 300 ng/ml” (benzoilecgonina é o nome científico da cocaína). O documento também que aponta “a concentração de 3,18 gramas de álcool etílico por litro de sangue”.

O acidente

Ozaías trafegava na avenida Djalma Batista, sentido centro-bairro, por volta das 19h40, quando perdeu o controle do veículo, atravessou o meio-fio que dividia as pistas e colidiu frontalmente com um micro-ônibus que vinha no sentido contrário.

Tanto ele quanto Robert da Cunha Moraes, 27, motorista do micro-ônibus, morreram no local. Além deles, outras 13 pessoas, incluindo uma gestante, também vieram a óbito. O acidente também deixou 16 feridos. Ozaías dirigia a caçamba a mais de 80 km/h, velocidade bem acima da permitida de 60 km/h na avenida.

Ozaías era contratado da empresa Etacom, que prestava serviços para a Prefeitura de Manaus. Sendo provada a responsabilidade do motorista, a empresa e o Poder Municipal também poderão responder civilmente pelo ocorrido.

A repercussão

O caso chamou a atenção do país inteiro e foi destaque nos jornais nacionais. Em decorrência dele, o prefeito Artur Neto, que estava em São Paulo e seguiria para a Europa para um compromisso de sua agenda oficial, regressou a Manaus e decretou luto de três dias.

Um dia depois do acidente, várias pessoas se reuniram no local da tragédia para um ato de elegia às vítimas. O prefeito acabou por nomear o viaduto que está sendo construído nas proximidades do aeroporto de Complexo Viário 28 de Março.

Polícia Civil desconversa

O diretor do Instituto Médico Legal do Amazonas (IML-AM), Sérgio Machado, alegou que, no atual estado, essas informações são somente “elucubrações”. Ele negou a existência de um laudo assinado, que, a seu ver, realmente serviria como prova, mas não negou a possibilidade do fato.

Até o momento de fechamento desta matéria, A CRÍTICA não obteve êxito em contatar o diretor do Instituto de Criminalística, Carlos Fernandes, para comentar o caso. Oficialmente, a Polícia tem conhecimento do documento, mas só o assumirá como verdadeiro quando Carlos Fernandes se pronunciar sobre o mesmo.

Quando perguntada sobre as assinaturas de Adriana Gama dos Santos, Henrique Martins de A. Silveira, Luciana Paula do Amaral Coelho Sampaio e Rafaela Cardoso dos Santos, peritos que firmaram o laudo, a Polícia informou que elas podem ser dos profissionais do Laboratório Instrumental e de Toxicologia do Instituto de Criminalística que integra o Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves”, localizado em Belém/PA, onde parte dos exames foi realizada e que, portanto, não servem, sozinhas, para dar veracidade ao documento.

As amostras de sangue obtidas no IML-AM tiveram de ser remetidas a Belém devido ao laboratório do instituto não possuir “materiais, reagentes, equipamentos, padrões, etc., para realização de exames de drogas de abuso” nelas, de acordo com o próprio laudo.

Fonte: Acritica

Nenhum comentário:

Postar um comentário