terça-feira, 24 de junho de 2014

ÍNDIOS CHATEADOS COM A SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO IRENE ESCHER. INVADEM PREFEITURA DE SANTARÉM

Crianças estudando na Prefeitura

Um protesto que iniciou por volta de 10h30, desta terça-feira, 24, no prédio da Prefeitura de Santarém, reuniu representantes de cerca de oito etnias indígenas da região do Tapajós-Arapiuns, entre elas, Borari, Munduruku e Tapajó. Portando faixas e cartazes, os indígenas protestaram contra o descaso na educação infantil nas aldeias da região do Tapajós.

Em tom alterado em um som de carro volante, um indígena criticou o prefeito Alexandre Von. O indígena se referiu ao fato do Prefeito não ter recebido as lideranças para dialogar sobre a questão da educação nas aldeias indígenas.

De acordo com o cacique Poró Borari, as crianças indígenas estão sem escolas para estudar e, que também falta professores do Sistema de Organização Modular de Ensino (Some) que deveriam ter sido contratados pela Secretaria Municipal de Educação (Semed). Segundo ele, o descaso na educação está prejudicando o desenvolvimento das crianças indígenas. “Pelo fato de não ter escolas trouxemos as crianças para estudar hoje de manhã aqui no prédio da Prefeitura”, disse o cacique.

Em forma de roda, dezenas de crianças indígenas, acompanhada dos pais ocuparam a entrada do prédio da Prefeitura de Santarém.

Cacique Poró Borari diz que descaso 
com educação indígena

INÍCIO DOS PROTESTOS: Em maio último um grupo de manifestantes entregou um documento ao Ministério Público Federal (MPF) em Santarém, denunciando a demissão do coordenador Gedeão Monteiro, que foi feita sem justificativa. A demissão estaria descumprindo o TAC firmado entre Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Secretaria de Estado de Educação (Seduc), 5ª URE e lideranças indígenas, que prevê que servidores da educação temporários sejam mantidos no cargo até a abertura de um concurso público, que deve ser realizado entre 2016 e 2017.
Os indígenas reuniram ainda com coordenadores da 5ª URE, cobrando providências. Desde então, nenhuma resposta foi obtida.

Fonte: RG 15/O Impacto

Nenhum comentário:

Postar um comentário