quarta-feira, 24 de setembro de 2014

EM NOTA AO BLOG. CANDIDATO CHAPADINHA EXPLICA "PROPOSTA DE CAMPANHA" QUE BOMBOU ONTEM NO FACEBOOK EM SANTARÉM. LEIA A EXPLICAÇÃO

Francisco Aguiar (Chapadinha)

Boa tarde, senhor Juscelino Kubitschek!

Primeiramente, gostaríamos de agradecer a atenção dedicada em sua fanpage do Facebook: Blog do JK ao Vale de Tecnologia, um dos compromissos do senhor Francisco Aguiar, o Chapadinha, candidato a Deputado Federal.

Sem dúvida alguma, o Vale de Tecnologia é uma das mais interessantes e inovadoras propostas para o Oeste do Pará nestas eleições. O que comprova mais uma vez a competência e empreendedorismo do senhor Chapadinha. Em todas as suas iniciativas, ele procura sempre se cercar dos melhores profissionais em suas áreas.

Dessa forma, aproveitamos para prestar os esclarecimentos solicitados.

Antes porém, gostaríamos de reforçar que o Vale de Tecnologia é um projeto discutido com vários professores e empreendedores de empresas de tecnologia, fundamentado em inúmeras pesquisas e estudos.

O projeto é inspirado no Vale do Silício norte americano que fica no estado da Califórnia, uma região conhecida por abrigar empresas como Google, Facebook e Apple, entre outras vedetes de inovação.


Semelhante a proposta de Chapadinha, já foram criados vários polos no Brasil como o Parque Digital em Recife, o Parque Tecnológico do Rio, no Rio de Janeiro e o Jaraqui Valley de Manaus. Esses locais, através de parcerias com universidades, governos municipais, estaduais e federais e ongs, estimulam a criação e o desenvolvimento de empresas de base tecnológicas, as chamadas startups e fábricas de softwares.


Segue artigo escrito pelo Professor Especialista Carlos Eduardo Mileo Antunes, do Curso de TI – Tecnologia da Informação na Ulbra – Universidade Luterana do Brasil que embasa cientificamente o projeto do Vale de Tecnologia.

Tecnologia a serviço da Amazônia.

Com o aquecimento global o mundo volta-se para Amazônia, criando regras cada vez mais rígidas contra a exploração, sem dar alternativas concretas para que a população da região possa buscar outras fontes de renda, esquecem que cidades como Santarém sempre viveram da exploração da natureza. Foi assim com o Ciclo das “drogas do sertão” (cacau, cravo, salsaparrilha, baunilha, manteiga de ovo de tartaruga), Ciclo do Cacau, Ciclo da Borracha, Ciclo da Juta, Ciclo da Pimenta do Reino, Clico do Ouro, criação de gado, exportação de madeira, pescado, dentre outras (Amazonas, 2009).

O desafio da Amazônia é desenvolver-se, gerar emprego e renda, sem alterar o meio ambiente. A solução poderia está na criação e instalação de fábricas de software na região, que ao contrário das tradicionais não necessitam de parafusos, soldas e nem de grandes instalações (César, 2007). Tudo é virtual e conectado.

No livro – Fábrica de Software : Implantação e Gestão de Operações, Aguinaldo Fernandes define Fábrica de software como: 

“Um processo estruturado, controlado de forma contínua considerando abordagens de engenharia industrial, orientado para atendimento a múltiplas demandas de natureza e escopo distintas, visando a geração de produtos de software, conforme os requerimentos documentados dos usuários e/ou clientes, da forma mais produtiva e econômica possível”.

Ricardo Cesar afirma que o cenário é promissor, porque o mercado interno de terceirização de tecnologia gira 6 bilhões de dólares ao ano, e o volume mundial é de 700 bilhões com crescimento anual de 40%. Desse total, 50 bilhões de dólares são pagos por empresas americanas e européias aos serviços solicitados fora de seus territórios.

Outro ponto positivo é a diversificação que vem ocorrendo, multinacionais que despachavam trabalhos demais para a Índia, começam a investir no grupo chamado de BRICS (Brasil, Rússia, Índia e China, África do Sul).

Além disso, o governo lançou em 12 de maio de 2008 o PDP (Política de Desenvolvimento Produtivo) com a responsabilidade de desonerar a mão-de-obra no desenvolvimento do software para exportação e motivar o empreendedorismo, a ASSESPRO-SC divulgou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Sustentável – BNDS, disponibilizará R$ 9 bilhões em financiamento com taxas de 7% ao ano, e prazo de oito anos, com três de carência.

Segundo Chu Tung, presidente da subsidiaria brasileira EDS, em entrevista para revista Info Exame, afirmou que é preciso pelo menos 2 anos para estabelecer uma montadora, enquanto uma fábrica de software está de pé em seis meses. As dez maiores companhias de desenvolvimento de software empregam 40.000 pessoas no país pagando salários que vão de R$ 1.000,00 até R$ 5.000,00. As empresas IBM, Accenture, CPM Braxi, EDS, Politec, Stefanini e BRQ estão expandindo e instalando fábricas de software no Brasil, e não precisam ser perto dos grandes centros, pois a internet permite enviar e receber arquivos, acessar remotamente a máquina do cliente e verificar in loco o erro, eliminado as barreiras geográficas.

O presidente da TCS (Tata Consultancy Services) Sérgio Rodrigues e Paulo César Bonucci presidente da subsidiária Unisys, dizem que todo mundo está atrás de mão-de-obra e precisam do quanto puderem encontrar.

Outra vantagem da fábrica de software é a criação de novos postos de trabalho da noite para o dia, bastando fechar um grande contrato, novos empregos são criados. Um exemplo disso é a subsidiária nacional da TCS que triplicou de tamanho quando a matriz ganhou um contrato milionário do banco holandês.

O maior gargalo para instalação das fábricas de software é pessoal sem fluência no inglês, um pré-requisito para quem quer exportar serviço. Empresas como IBM instalada em Hortolândia (SP) atendem clientes sediados em nações que falam inglês, espanhol e Francês.

O Sebrae vem ajudando a implantação de base tecnológicas no Ceará e também foi responsável pelo APL (Arranjo Produtivo Local) em Belo Horizonte. O APL mineiro existe 3 anos e tem como finalidade aumentar o nível de capacitação em qualidade e produtividade, proporcionando a obtenção de certificação, promovendo a internacionalização do setor, facilitando o acesso ao capital, promovendo a comunicação e interação com as universidades. Com isso, Belo Horizonte se destaca no mercado nacional como um pólo de desenvolvimento, atraindo grandes empresas como Google, IBM e Microsoft (Assespro-MG,2008).

No site da ASSESPRO Nacional, afirma-se que, o desenvolvimento de software é a única tecnologia de informática que o Brasil tem condições de exportar.

Diante do exposto, conclui-se que é possível instalar na cidade de Santarém, no estado do Pará uma fábrica de software, só que antes, precisa-se construir um alicerce. O primeiro passo é uma reunião com a prefeitura, governo do estado, ONGS, SEBRAE, universidades e escolas profissionalizantes.

Os governos do estado e municipal seria responsáveis por adicionarem aos projetos de inclusão digital, curso de programação e inglês, criar incentivos tributários, fiscais e linha de crédito para financiamento de empresas que venham a se instalar ou surjam em Santarém. Além disso, poderiam fomentar o empreendedorismo e criar um elo com o governo federal. Poderia ser proposto também a criação de um selo TI verde. Este selo seria concedido às empresas que se enquadrassem no ideal de desenvolvimento sem poluição e desmatamento. Assim, todos teriam responsabilidade ambiental. Os governos precisariam exigir como pré-requisito em seus editais o selo TI verde.

E claro, seria imprescindível investirem em infraestrutura de internet como cabeamento de fibra ótica e aumento da velocidade de transmissão de dados por exemplo.

As ONGs teriam o papel de fiscalizar e divulgar o projeto de desenvolvimento sustentável através das fábricas de software, captando novos investidores e empresas interessada na preservação da Amazônia.

O Sebrae seria responsável por coordenar e articular os órgãos envolvidos, pesquisar mercado, buscar cliente, fomentar alianças entre empresas, criar eventos, feiras e congressos, articulação com as instituições financeira como BNDES, Bradesco com o banco do Planeta, facilitar o acesso ao capital.

Universidades e escolas profissionalizantes teriam o papel de aumentar o nível de capacitação em qualidade, produtividade, gestão e tecnologia, proporcionando a obtenção de certificações além de pesquisarem novas tecnologias.

O desenvolvimento através das fábricas de software na Amazônia só poderá acontecer se todos os órgãos, prefeitura, estado, federação, ONGs e instituições privadas convergirem ao mesmo objetivo.

Comentário: O Vale de Tecnologia é o nome comercial do projeto que incentiva a criação das fábricas de software.

Agradece a assessoria de imprensa de Francisco Aguiar, Chapadinha

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