quarta-feira, 18 de março de 2015

GOVERNADOR SIMÃO JATENE CRIA NOVA SECRETARIA PARA SUA FILHA IZABELA ASSUMIR

Simão e Izabela Jatene

A criação da Secretaria Extraordinária de Integração de Políticas Sociais, oficializada pela edição do último dia 13 de março do Diário Oficial do Estado, e entregue ao comando da filha do governador Simão Jatene, Izabela Jatene, não foi vista com bons olhos pela bancada de oposição na Assembleia Legislativa à atual gestão estadual.

Poucos meses após uma super reforma administrativa aprovada às pressas pelo parlamento na legislatura passada e que prometia, com a extinção de várias secretarias, economias no orçamento, o ato foi visto como “mais uma nomeação polêmica” e o reforço de que cortar gastos não é a meta, de fato, na reestruturação do organograma do Poder Executivo.

O petista Carlos Bordalo não se opõe à criação da Secretaria, mas vê a decisão apenas como uma forma de oficializar Izabela - que antes, à frente do Pro-Paz, foi protagonista de um pedido de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito, no ano passado, para investigar um possível tráfico de influência entre este órgão e o fisco estadual - como secretária.

“Não vai mudar nada. O problema não é criar secretaria, o problema é a postura do política do Estado. Vendem a ideia de que o Pro-Paz é uma grande política social, quando, na verdade, reúne apenas pequenas atividades, meritórias, sim, mas que não atendem as mais de três milhões de pessoas que vivem nesse estado em situação social dramática. O governador fez várias decisões polêmicas na hora de nomear secretários para o novo mandato, esta é apenas mais uma. A competência de Izabela não é a questão, a questão é que, em um momento em que se fala tanto em combate à corrupção, chega a ser inconveniente e inoportuna uma nomeação como essa”, analisa o deputado.

“Quando o Governo fez a reforma administrativa, tanto na mensagem ao Legislativo quanto na mensagem à população, foi dito que tudo estava sendo feito com o objetivo de reduzir os custos, mas o que vemos até hoje são mais órgãos criados do que extintos. E ainda nomeia a própria filha para assumir um deles”, corroborou o líder do PMDB na AL, Iran Lima.

“O Pro-Paz, por exemplo, é um programa que não atende 0,5% da população do Estado, é preciso de uma articulação que possa ampliar isso. A competência da filha do governador não é o que se discute aqui, é uma questão de moralidade, um assunto sobre o qual o próprio governador tanto fala. Pode até ser legal a nomeação, mas certamente não é vista com esses olhos pela população do Estado”, justificou.

Fonte: DOL

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