domingo, 12 de abril de 2015

TURISTA DESABAFA CONTRA TRATAMENTO QUE RECEBEU EM ALTER DO CHÃO. "SE O PESSOAL DO SUL TOMAREM CONHECIMENTO DISSO, NATURALMENTE VÃO DESISTIR DE PRESTIGIAR A VILA"

Praça de Alter o Chão

Eu estive como turista visitando Alter do Chão durante a semana passada e já na primeira noite, sentada na pracinha usando meu celular, fui abordada de forma totalmente arrogante e constrangedora por três policiais, um homem e duas mulheres que nem me olharam na cara. Pediram meus documentos, me fizeram mil perguntas e duvidaram até do nome dos meus pais, como quem busca problema pra poder dar show de autoridade. Eu sou brasileira, maior de idade, branca, de classe média, formada, trabalho e pago as minhas viagens. Não acho que nenhum desses pontos deva me garantir qualquer espécie de privilégio, pelo contrário, o que eu espero é nada mais do que ter os meus direitos civis respeitados, em todo tipo de lugar ou situação, conforme a Constituição assegura a QUALQUER PESSOA (seja de Alter do Chão ou da "casa do caralho", como grosseiramente o indivíduo aí se referiu ao chão dos outros). Se eu, protegida por todas essas camadas sociais do "cidadão de bem", fui encurralada e tratada com tamanha hostilidade, posso imaginar o tipo de abordagem rasteira que recebem os artesãos, pintores, músicos e artistas de rua em geral; pobres, negros e índios (preconceito tão grave e criminoso como qualquer outro, mas ainda mais feio e ingrato vindo de um estado majoritariamente indígena e afrodescendente como o Pará). 

Decepção maior é confirmar através dos comentários que sim, estive em um lugar que vive de turismo mas que rechaça gente de fora, que tem orgulho em cultivar o ódio e a xenofobia. Reveja sua postura, Alter do Chão. Quando vocês estiverem com uma mão na frente e outra atrás de novo - como muitos desses cidadãos rotulados e reduzidos de forma pejorativa ao termo "hippie" chegam e se vão - oxalá não lhes façam o mesmo e lhes estendam a mão. A minha não mais e seguramente nem a de todo o meu círculo de amigos, familiares e colegas de trabalho dos meios midiáticos de SP e região Sul que, ao tomarem conhecimento disso, naturalmente vão desistir de prestigiar a vila.

Um comentário:

  1. A maioria dos policiais não tem preparo psicológico adequado para enfrentar certas circunstâncias e são totalmente despreparados para inúmeras ocasiões, pondo em risco a vida das pessoas. Tornando-se rudes e mal-educados. O que é uma vergonha, visto que, deveriam ser a segurança do país.

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