segunda-feira, 11 de maio de 2015

MULHER ACUSADA DE TER INCENDIADO CASA NO SANTARENZINHO EM FEVEREIRO ONDE TRÊS MORRERAM É PRESA NA MANHÃ DE HOJE EM SANTARÉM

Justiça decretou prisão preventiva de Flávia Cruz

A mulher suspeita de ser a mandante do incêndio a uma casa na Grande Área do Santarezinho, em Santarém, que ocasionou a morte de três pessoas, entre elas uma criança, de 4 anos, foi presa, na manhã desta segunda-feira (11). Segundo a Polícia Civil, a prisão de Flávia Cruz da Costa, de 38 anos, ocorreu em cumprimento ao mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça de Santarém.

O delegado Nelson Nascimento explicou que Flávia tinha sido chamada na delegacia para depor. "Solicitamos a presença dela aqui através de sua advogada e no momento em que ela foi apresentada recebeu voz de prisão. O mandado de prisão chegou sexta-feira [8], e como ela ia ser ouvida hoje [segunda-feira, 11], ao se apresentar recebeu voz de prisão. Ela vai ficar à disposição da Justiça e vai fazer a sua defesa. Acreditamos que ela é a principal suspeita".

De acordo com Nascimento, as investigações continuam com a intenção de identificar e localizar os executores do incêndio. “Mais pessoas devem ser ouvidas e presas. Acreditamos que há o envolvimento de pelo menos mais cinco pessoas".

Flávia revelou que estava escondida porque estava recebendo ameaças. Ela negou ter participação no crime. "Não mandei ninguém 'tacar' fogo, não tenho motivo para isso. Eles têm que investigar direito porque lá todo mundo tem raiva dessa mulher, então, porque citaram só o meu nome. Não sei o motivo de citarem o meu nome. Não tenho dinheiro para mandar tacar fogo na casa de ninguém, não fui à casa dela em momento nenhum, nunca tive confusão com ela, nunca ameacei ela. O meu marido está preso por causa do tráfico de drogas e todo mundo sabe quem entregou o meu marido. Não foi ela, então não tenho motivo para tacar fogo na casa dela", alegou.

A suspeita tinha sido presa no dia seguinte ao crime, mas dois dias depois, a Justiça mandou soltar Flávia por não constatar o flagrante alegado pela Polícia Civil.

Vítimas

A adolescente Jennifer Larissa Sousa da Cunha, de 14 anos, e Raimunda Edileuza de Sousa Cunha, de 40 anos, morreram poucos dias após o incêndio, no Hospital Municipal.

Edson Felipe Gonçalves, de 4 anos, chegou a ser transferido para o Centro de Tratamento de Queimandos do Hospital Metropolitano de Belém, mas não resistiu e foi a terceira vítima fatal.

A vítima Davi Sousa Cunha, de 22 anos, que estava no Hospital Municipal de Santarém, recebeu alta no dia 20 de março.

Sobre Breno Paulo Matos Maciel, de 19 anos, que foi transferido para o Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Metropolitano de Belém no início do mês de março, a assessoria de comunicação do hospital informou que o paciente já recebeu alta, mas não soube precisar o dia porque está com o sistema fora do ar. O jovem já está em Santarém.

Entenda o caso

O incêndio aconteceu na madrugada do dia 22 de fevereiro. Cinco pessoas da mesma família foram levadas ao hospital em estado grave. Segundo a polícia, o incêndio foi motivado por briga entre famílias envolvidas com o tráfico de drogas.

No local, foi encontrado um recipiente contendo uma pequena quantidade de gasolina, e pode ter sido utilizado para provocar o incêndio. No dia seguinte ao incêndio, a Polícia Civil prendeu Flávia da Cruz e o cunhado dela, ambos apontados por testemunhas como os principais suspeitos. Flávia negou o crime, mas ainda assim foi levada ao presídio. Como a polícia encontrou com o suposto cúmplice um revólver, ele foi preso também por posse ilegal de arma de fogo, porém no dia 28 de fevereiro, ele foi solto. O alvará de soltura dele foi expedido "em virtude de ter sido revogada a prisão em flagrante".

JK com informações do G1

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