quarta-feira, 12 de agosto de 2015

ESTUDO DE BALNEABILIDADE COMPROVA QUE PRAIAS DE ALTER DO CHÃO ESTÃO PRÓPRIAS PARA O BANHO‏

Alter do Chão em Santarém

A Prefeitura de Santarém, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA), divulgou à sociedade, nesta quarta-feira (12/08), o resultado conclusivo do I Estudo sobre as Condições de Balneabilidade das Águas das Praias de Alter do Chão. O estudo, realizado pelo Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), foi coordenado pelo Professor Reinaldo Pacheco Peleja, do Laboratório de Biologia Ambiental. Na ocasião foram coletadas amostras de água no período de 12/04/2015 a 01/06/2015. O resultado comprovou cientificamente, baseado em normas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), que as praias de Alter do Chão estão PRÓPRIAS para o banho e para a recreação/lazer.

Conforme o disposto nas diretrizes da Resolução CONAMA 274/2000 foram considerados como parâmetros microbiológicos indicadores de qualidade Escherichia Coli e Coliformes Termotolerantes e, como parâmetro químico, o potencial hidrogeniônico-pH.

Para fins comparativos dos resultados, o estudo coletou amostras em cinco campanhas semanais consecutivas aos finais de semana (dias de maior fluxo de banhistas) e uma coleta em um dia de menor fluxo de banhistas (quarta-feira), nos seguintes pontos: Praia do Amor, Praia do Cajueiro, Praia do CAT, Orla de Alter do Chão e da Zona de Mistura do Igarapé do Macaco com o Lago Verde.

Resultado

De acordo com o parecer técnico conclusivo, pelo parâmetro microbiológico mais restritivo – Escherichia Coli– todos os locais apresentaram condições de qualidade na categoria PRÓPRIA/EXCELENTE.

Segundo o parecer, a julgar pelo parâmetro microbiológico menos restritivo –Coliformes Termotolerantes– as categorias de qualidade para os locais foram as seguintes:

Locais com qualidade PRÓPRIA/MUITO BOA: Igarapé do Macaco, Praia do Amor e Rio Tapajós-Canal Principal;

Locais com qualidade PRÓPRIA/SATISFATÓRIA: Orla, Praia do Cajueiro e Praia do CAT;

Locais com qualidade IMPRÓPRIA: Orla Escadaria e Orla final e nos fins de linhas das galerias pluviais submersas.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Podalyro Neto, explica que em apenas dois pontos, solicitados à UFOPA para a realização do Estudo, o resultado apontou como impróprios. Segundo Podalyro, a bactéria Escherichia Coli não está presente nos pontos analisados, mas houve alteração para enquadramento na boca do esgoto, onde não há acesso dos banhistas.

“Cabe a nós sinalizar esse espaço e fazer um prognóstico de ações. Mas para o critério mais restritivo, as praias de Alter do Chão estão livres da bactéria Escherichia Coli. Pode-se afirmar com convicção, baseado no relatório técnico-científico conclusivo para o intervalo de tempo em que a pesquisa foi feita, que as águas de Alter do Chão estão próprias para o lazer e para a recreação”, explicou o titular da SEMMA.

O prefeito Alexandre Von explicou que o primeiro Estudo de Balneabilidade, que comprovou cientificamente que as Praias de Alter do Chão estão PRÓPRIAS para o banho, faz parte de uma série de ações do Município de Santarém, que inclui o monitoramento permanente de toda extensão da orla fluvial, por meio do Programa Municipal de Monitoramento da Qualidade das Águas, e ações com projetos de saneamento básico e medidas para evitar o despejo de dejetos no rio Tapajós.

“Esse primeiro Estudo comprovou que não há restrição para que os banhistas utilizem as praias de Alter do Chão para fins recreativos e de lazer. É um resultado excelente, mas nós não vamos nos ater a essa única análise. Nós criamos um Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas para que em outros momentos a gente repita essa análise. Agora no verão, em outubro, no mais tardar em novembro, nós vamos repetir essas análises, que foram feitas no inverno, nos mesmos pontos de Alter do Chão. Mas não queremos fazer, apenas, em Alter do Chão, queremos fazer em outros pontos da orla fluvial de Santarém. Esse é um aspecto, a balneabilidade. Por outro lado, nós vamos monitorar a qualidade da água nos microssistemas e sistemas de abastecimento para saber se essa água está adequada para o consumo humano. É o aspecto da potabilidade. Isso é o que se propõe o Programa Municipal de Monitoramento da Qualidade das Águas, que nós lançamos na Semana do Meio Ambiente, no mês de junho, e que apresenta o primeiro relatório das suas análises”, explicou Alexandre Von.

O prefeito, também, comentou as ações que estão em vigor em Alter do Chão e os projetos do Município para implantação de banheiros químicos e, também, na área de saneamento básico. “Baixamos um Decreto, no início do ano, no que diz respeito às embarcações: aquelas que possuem tratamento dos seus dejetos com banheiros químicos podem utilizar daquela área mais ocupada por banhistas. Agora, embarcações que lançam seus dejetos diretamente no rio continuam impedidas de utilizar essa área. Além disso, nós estamos adquirindo pelo Município, 25 banheiros químicos e parte deles será destinado para apoiar a área de uso dos banhistas. Nós, também, temos parceria com a Secretaria de Turismo do Estado para construir uma balsa adaptada, para banheiros químicos, que permanentemente estará apoiando os banhistas. Além de ações diretas, nós estamos trabalhando um projeto com o Governo do Estado/COSANPA e Ministério das Cidades para que nos próximos anos possamos dotar Alter do Chão de um sistema de coleta e tratamento de esgoto. É a condição para que definitivamente a gente elimine o lançamento de águas servidas na orla fluvial”, reiterou Von.

Parecer técnico conclusivo

O parecer diz ainda que a julgar pelas condições dos aspectos físicos e estéticos dispostos no Artigo 2º, inciso 2º da Resolução CONAMA 274/2000, “principalmente no que diz respeito à ocorrência de presença de resíduos despejados sólidos ou líquidos [...], capazes de oferecer riscos a saúde ou tornar desagradável a recreação. Todos os pontos apresentaram condições PRÓPRIAS à exceção também dos pontos Orla Escadaria e Orla final, fins de linhas de galerias pluviais”.

CCOM/PMS – com informações da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Universidade Federal do Oeste do Pará

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