terça-feira, 15 de setembro de 2015

SEMMA LICENCIA A PRIMEIRA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO PARA DEJETOS COLETADOS POR EMPRESA LIMPA FOSSA‏ EM SANTARÉM

Secretário Podalyro entregando a licença

As empresas que realizam o serviço de limpa fossa precisam se adequar às normas ambientais do tratamento e despejo de dejetos. Com base nessa prerrogativa, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), emitiu a Licença de Operação para o funcionamento da primeira estação de tratamento de esgoto privada do Município. A licença foi concedida à empresa Vitória Serviços Sanitários LTDA – ME, conhecida como Azulão.

A estação está localizada no Ramal dos Coelhos, região do Eixo Forte. Para o secretário de Meio Ambiente, Podalyro Neto, este é um marco no processo de gestão ambiental em Santarém.

“As empresas, que ao longo dos anos vinham trabalhando no processo de coleta e destinação dos dejetos, principalmente das residências, não estavam fechando a cadeia, ou seja: o processo de coleta, transporte e tratamento dos dejetos. Ao longo desses anos, nós dialogamos com essas empresas, para obviamente, executar um processo de construção de estação de tratamento para tratar os dejetos que elas coletam na sua atividade empresarial", explicou Podalyro.

O técnico em Saneamento da Semma, José Palheta, explica que, a partir de agora, os dejetos coletados pela empresa Azulão serão depositados em um local adequado, evitando assim o despejo de resíduos em mananciais ou outro tipo de ecossistema.

“Hoje, em Santarém, nós temos duas empresas nesse processo de licenciamento. A empresa Azulão que recebeu a Licença de Operação e a empresa Tatuzão, que, também, está em processo para receber a Licença de Instalação e em poucos dias deve estar recebendo sua Licença de Operação”, informou Palheta. 

A empresa Azulão (Vitória Serviços Sanitários LTDA – ME) foi a primeira empresa que protocolou o processo de licenciamento, que obedece a um rito estabelecido dentro da Semma para o cumprimento de condicionantes.

“Tecnologicamente a estação é montada dentro de um sistema fechado e aberto. Além da licença ambiental, a empresa tem que buscar a outorga ou a dispensa de outorga do estado. Também é uma exigência que o órgão ambiental faz, porque a água tratada tem que voltar. A empresa terá que apresentar periodicamente um laudo de qualidade da água que sai do sistema, para atestar se a estação está cumprindo com seu papel que é tratar esse dejeto. Nesse sentido ganha a sociedade santarena, que identifica que a empresa está dentro dos padrões exigidos pelas normas ambientais. Ganha o empreendedor, que tem segurança para investir e aumentar seu leque de clientes", disse.

Ainda de acordo com Podalyro Neto, os investimentos em saneamento e tratamento de esgoto não são baratos. "Se nós fizermos uma comparação ao longo do tempo em Santarém, estamos com um atraso de 40 ou 50 anos. Estamos com duas Estações de Tratamento de Esgoto [ETE Mapiri e Uruará] que estão próximas de serem entregues. Vamos sair de 0% para atingir 30%. É um avanço considerável, mas queremos atingir, é claro, 100% de cobertura em saneamento. Temos, também, a questão de Alter do Chão, o Município aguarda posição do Ministério das Cidades sobre os projetos para saneamento e tratamento do esgoto para avançar com esta temática, também, na Vila Balneária”, explica o secretário.

Os donos da empresa comemoraram o licenciamento. Para Clara Pereira de Oliveira Sousa, sócia proprietária da Vitória Serviços Sanitários LTDA ME, esse é um marco referencial para a empresa e para sociedade santarena. Segundo ela, hoje, a “Azulão”, a partir do licenciamento para implantação da estação de tratamento de esgoto, passa a ter mais credibilidade com a população, tendo em vista o respaldo ambiental.

CCOM/PMS

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