sexta-feira, 13 de novembro de 2015

VEREADORES SOB O COMANDO DO PRESIDENTE DA COMISSÃO DE SAÚDE DA CÂMARA, VEREADOR DAYAN SERIQUE, FAZEM VISITA AO HOSPITAL MUNICIPAL DE SANTARÉM PARA VER DE PERTO AS DEMANDAS E SUGERIR SOLUÇÕES

Vereadores juntamente com o diretor do 
Hospital Municipal Gleyton Rodrigues

Comissões de Direitos Humanos (presidida pelo vereador Geovani Aguiar - PSC) e de Saúde (sob a presidência do vereador Dayan Serique – PPS) da Câmara Municipal de Santarém, estiveram em visita no Hospital Municipal na manhã da última quinta-feira, (12/11), para constar as principais demandas e, posteriormente, sugerir soluções.

Estiveram presentes na visita ao Hospital Municipal, os vereadores que integram as comissões de Saúde e Direitos Humanos Marcela Tolentino (SDD), Ana Elvira Alho (PT), Dayan Serique (PPS), Geovani Aguiar (PSC) e Luiz Alberto (PP). Os vereadores foram recebidos pelo diretor da unidade hospitalar Cleiton Rodrigues que relata ter sido discutido entre outros assuntos o porquê da demora dos pacientes oncológicos na transferência do Hospital Municipal para o Regional e a busca de um melhor fluxo para esse atendimento. 

Disse ter ficado satisfeito em receber as duas comissões da Câmara, “pois só assim, há um conhecimento da grande demanda e das dificuldades existentes no pronto socorro em si, que é onde estão esses pacientes oncológicos”.

Segundo Cleiton, um dos principais gargalos dessa dificuldade é paciente que vem de outros municípios para o Hospital Municipal, somente para aguardar o leito no Hospital Regional. Assegurando que há pacientes que não deveriam estar no Pronto Socorro, uma vez que cria todo esse congestionamento.

Para Cleiton, esses pacientes de alta complexidade, poderiam estar aguardando a chamada para o Hospital Regional, em seus municípios de origem e de lá serem transferidos diretamente ao regional, o que segundo ele isso não ocorre. “Hoje, para se ter uma idéia, temos mais de 50 pessoas no Municipal, aguardando transferência para o Hospital Regional”, confirma. Explicando em seguida que não são somente pacientes com câncer que esperam pela transferência, têm casos ortopédicos e renais crônicos. 

Comissão de Saúde - Para o vereador Dayan Serique (PPS), presidente da Comissão de Saúde da Câmara, disse que diante das constatações já relatadas, a comissão por ele dirigida, juntamente com a Comissão de Direitos Humanos, vão fazer um relatório ao Ministério Público Estadual, colocando proposições exigindo que o Hospital Regional assuma a responsabilidade com o tratamento dos pacientes de câncer, entendido como alta complexidade. “E não deixar que os pacientes fiquem no Hospital Municipal entre 30 a 60 dias esperando o leito do Regional e muitos nem conseguem alcançar isso, porque morrem antes”.

Segundo Dayan, foi vendida uma imagem do Hospital Regional de que lá o tratamento é de alta complexidade. “Porem, essa burocracia imposta impede que esses pacientes nem sempre tenham vida, para chegar ao atendimento do Hospital Regional”, alerta.

Lembra Dayan que antes os pacientes com doenças de alta complexidade, iam para Belém ou Manaus procurar o atendimento médico, como agora existe o Hospital Regional há essa ilusão do atendimento aqui. “Mas quando o paciente consegue alcançar o Hospital Regional, em muitos casos não tem mais o que fazer, dado o avanço da doença”, revolta-se.

Na condição de presidente da Comissão de Saúde da Câmara, Dayan Serique pede apoio à população em geral, poder executivo municipal e pede também a sensibilidade do governo do estado, para que se sensibilize, no sentido de reduzir a burocracia hoje existente para acessar tratamento no Hospital Regional. 

Comissão de Direitos Humanos - O presidente da Comissão de Direitos Humanos do Poder Legislativo Municipal, vereador Geovani Aguiar (PSC), disse que a visita atendia a um pedido do Ministério Público Estadual, quanto à questão dos pacientes oncológicos, que de acordo com ele, não estão sendo transferidos para o Hospital Regional. 

Disse Geovani, que através da visita foram feitas outras constatações. Cita por exemplo que o Hospital Municipal tem disponível 120 leitos e essa capacidade extrapola em 70%, diante disso ele faz um questionamento: Por aqui pode extrapolar e no Hospital Regional não? Outra constatação feita pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos, no dia da visita foi de que, naquele momento havia 14 pacientes na UTI, somente quatro de Santarém.

Ao parabenizar a direção do Hospital municipal, nas pessoas de Cleiton Rodrigues e do Médico Gilvandro Valente, por ele entendido como heróis, pela forma de conduta transparente à frente da unidade hospitalar, Aguiar garante que vai ao Ministério Público pedir que faça um procedimento de auditagem no Hospital Regional, onde de acordo com ele existe “uma caixa preta que precisa ser aberta”, além do que os funcionários ganham alto e o atendimento não pode passar do número de leitos existentes.

Diretor clinico - No entendimento do diretor clinico do Hospital Municipal, médico Gilvandro Ubiraci Valente, o extrapolamento do atendimento feito pelo Hospital Municipal, preocupa também, pelas questões legais e éticas. 

Disse esperar que a partir da visita das comissões de Direitos Humanos e Saúde da Câmara, possa ter um fluxo de atendimento aos pacientes, principalmente na área da oncologia que está impactando o Hospital Municipal, colocando ainda mais em risco a vida do próprio paciente. 

Para Gilvandro Valente a visita das comissões é importante, porque puxa as autoridades para a discussão, o que pode melhorar a assistência médica/hospitalar a esses pacientes.

Segundo Gilvandro o que tem que ser revisto hoje é a questão do financiamento a saúde municipal e a questão dos fluxos, para que os pacientes não tenham prejuízos.

ASCOM – CÂMARA MUNICIPAL DE SANTARÉM

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