Falso pastor e curandeiro puxa o braço do idoso que grita de dor. Veja o vídeo
A Polícia Civil de Juruti, no oeste do Pará, prendeu em flagrante um homem suspeito de participação na morte de um idoso de 81 anos. De acordo com a polícia, o homem, que dizia ser pastor e curar doenças, foi autuado pelo crime de homicídio e curandeirismo. A vítima foi o aposentado Nardino Ferreira da Silva, que morreu em decorrência de uma hemorragia. Uma mulher suspeita de dar apoio ao falso pastor também foi presa e autuada em flagrante.
Em entrevista nesta sexta-feira (13), o delegado de Juruti, Jaime Paixão, informou que o caso aconteceu na última segunda-feira e ganhou grande repercussão na cidade, deixando os moradores revoltados. “A família informou que a mulher tinha prometido que o idoso seria curado pelo espírito santo e que o outro rapaz incorporava o espirito santo. Fomos acionados pela Polícia Militar e efetuamos a prisão em flagrante do casal por essa prática”, explica.
Ainda segundo o delegado, o idoso tinha problemas de saúde em decorrência de um derrame sofrido há 11 anos. Consta no inquérito policial que o falso pastor foi até a casa da família do idoso, onde afirmou que gostaria de curá-lo com orações. Em seguida, com o apoio da mulher, que se passava por orientadora espiritual, começaram a puxar o idoso, houve rompimento de braço e de vasos sanguíneos e a vítima veio a falecer.
Uma equipe médica foi chamada até a residência, mas segundo a polícia, quando chegaram, o idoso estava morto. O corpo foi levado para o Hospital Municipal de Juruti, onde passou por exames de necropsia e liberado para a família. O casal suspeito pelo crime foi levado para a delegacia de Juruti. Na quarta-feira (13), a mulher foi transferida para o presídio de Santarém. O homem permanece em Juruti e aguarda transferência para Santarém.
Curandeirismo
O curandeirismo, segundo previsto no Código Penal Brasileiro, é a prática de prescrever, ministrar ou aplicar, habitualmente, qualquer substância, bem como usar gestos, palavras ou qualquer outro meio - não inserido na prática médica - para cura ou fazer diagnósticos sem ter habilitação médica. No Brasil, está previsto no artigo 284 do Código Penal Brasileiro. A pena para o crime vai de seis meses a dois anos de prisão em regime fechado.
JK com informações do G1
JK com imagens do Janicélio Sabino
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