domingo, 10 de julho de 2016

JUSTIÇA CONCEDE LIBERDADE PARA PASTOR ACUSADO DE ABUSAR DO ENTEADO. FELIPE HEIDERICH USARÁ TORNOZELEIRA E DEVERÁ FICAR LONGE DA VÍTIMA E DA MÃE, A PASTORA BIANCA TOLEDO

Felipe Heiderich usará tornozeleira e deverá ficar longe da vítima e da mãe. Vítima, que tem 5 anos, é filho da pastora Bianca Toledo, mulher do acusado.

O pastor Felipe Garcia Heiderich, preso após acusações de abuso sexual contra o enteado, de 5 anos, filho da pastora Bianca Toledo, responderá em liberdade. Nesta sexta-feira (8), o juiz Paulo Cezar Vieira de Carvalho Filho, da 17ª Vara Criminal da Capital, determinou que o pastor fique proibido de se aproximar da mulher e da criança, além de ser monitorado por tornozeleira eletrônica.

O juiz aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público (MPRJ), que solicitou as medidas cautelares. Como o MPRJ não pediu a prisão preventiva, o acusado, que se encontrava em prisão temporária, durante a fase de inquérito, responderá o processo em liberdade.

“Havia sido decretada a prisão temporária do acusado, que só vale durante a fase de inquérito. A partir do momento que o Ministério Público ofereceu a denúncia, o inquérito foi encerrado. Ressalto que o MPRJ não pediu a prisão preventiva, mas somente medidas cautelares. Assim, determinei o monitoramento eletrônico e que o réu fique proibido de se aproximar da criança e da mãe”, explicou o magistrado.

Preso desde segunda

Felipe está desde segunda-feira (4) no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. Fora da prisão ele será monitorado por tornozeleira eletrônica e deverá se manter afastado da mulher e do enteado.

A decisão é do juiz Paulo Cezar Vieira de Carvalho Filho, titular da 17ª Vara Criminal da Capital, que aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra o pastor. “Havia sido decretada a prisão temporária do acusado, que só vale durante a fase de inquérito. A partir do momento que o Ministério Público ofereceu a denúncia, o inquérito foi encerrado. Ressalto que o MPRJ não pediu a prisão preventiva, mas somente medidas cautelares. Assim, determinei o monitoramento eletrônico e que o réu fique proibido de se aproximar da criança e da mãe”, explicou o magistrado.

Heiderich estava preso temporariamente e o pedido de revogação da prisão foi requerido pelo Ministério Público. Segundo a assessoria do órgão, a promotoria entendeu “ter sido possível obter na fase de investigação os elementos necessários para a propor a denúncia” conta o pastor.

No mesmo requerimento, o Ministério Público propôs medidas cautelares para preservar a vítima e sua mãe, como a proibição de contato com ambos, manter distância física de pelo menos 250 metros deles além da proibição de sair do Rio, devendo, inclusive, entregar à Justiça o seu passaporte.

Esturpo de vulnerável

Segundo a 25ª promotoria de Justiça de Investigação Penal do Ministério Público do Rio de Janeiro, Heiderich teria cometido os atos libidinosos contra o menino diversas vezes. Ele foi denunciado por estupro de vulnerável e, de acordo com o documento, a prática ocorreu até o dia 11 de junho deste ano.

A denúncia do promotor Luiz Otávio Lopes foi oferecida com base na investigação da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV). O MP também requereu ao Juízo a revogação da prisão temporária do acusado, por entender já ter sido possível obter na fase de investigação os elementos necessários para a propor a denúncia.

O Ministério Público requereu, ainda, a aplicação de outras medidas cautelares, como a proibição de contato do denunciado com a vítima e sua mãe, uma distância-limite de 250 metros entre os mesmos, a proibição do acusado de deixar a comarca e o recolhimento do seu passaporte.

O caso veio à tona quando a mulher do pastor e mãe da suposta vítima de abuso, a também pastora Bianca Toledo, postou um vídeo nas redes sociais em que fala sobre o caso. Com mais de 3 milhões de seguidores, Bianca enfatizou que seu desabafo era uma forma de manter a transparência com seu público.

"Eu descobri coisas que não queria ter descoberto, e o que eu descobri é muito grave. Como mãe eu posso dizer que os meus últimos dias foram os piores dias da minha vida", ressaltou a pastora.

Felipe foi preso na segunda-feira (4), em sua casa, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, depois de ser denunciado à DCAV pela própria mulher. Por ordem da Justiça, que decretou sua prisão preventiva, ele foi levado para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, também na Zona Oeste. Na noite de quarta-feira, a desembargadora Maria Sandra Kayatd, da 1ª Câmara Criminal do Rio, negou pedido de habeas corpus feito pela defesa de Felipe.

Segundo a Polícia Civil, a pastora Bianca procurou a delegacia no dia 22 de junho para denunciar o crime. Foi instaurado inquérito e reunidas provas que embasaram o pedido de prisão preventiva.

Na tarde desta quarta-feira (6), o advogado Leandro Meuser usou o perfil do pastor no Facebook para afirmar que são falsas as acusações contra o seu cliente. Segundo o defensor, “a polícia saberá investigar para ao final esclarecer a verdade”.

Fonte: G1

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