Há dois meses a escola Santa Terezinha está sem merenda escolar. Pais de alunos e professores arrecadam pães frutas e tapioca
Há dois meses estudantes estão se virando como podem para garantir a merenda em uma escola da rede pública de ensino na comunidade Maripá, localizada na região do rio Tapajós, há 1 hora e 20 minutos de barco da vila balneÁria de Alter do Chão, em Santarém. O descaso foi denunciado por um professor que leciona na Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Terezinha.
Segundo o professor de história e geografia, Adriano Farias, o educandário, que possui cerca de 100 alunos matriculados, está sofrendo com a falta da merenda. A solução encontrada, segundo ele, foi organizar um sistema de coleta entre os pais e comunitários. “Tem três semanas que estamos contando com essas doações, a gente reúne e consegue adquirir pão, açúcar, tapioca. As serventes ajudam, pedem frutas dos vizinhos para fazer suco e servir”, desabafou.
A escola Santa Terezinha é mantida pela Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria de Educação (Semed) e funciona nos turnos da manhã, tarde e noite. O governo paga os funcionários que atuam na educação infantil, ensino fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Ainda de acordo com o professor, a escola também faz coleta para manter as aulas no turno da noite. “Com os alunos do EJA a gente faz coleta também para pagar o combustível usado no gerador de energia, pois a noite não tem energia na escola”, contou.
Para chegar até a escola, os alunos precisam pegar uma embarcação, na maioria das vezes uma bajara - pequena embarcação, tipo canoa - ou algum barco a motor. O professor destacou que vários alunos estão sendo prejudicados com a falta da alimentação, o que também afeta o rendimento na sala de aula. "São pessoas humildes que as vezes nao tem o que comer em casa e como a escola fornece a merenda muitos só vão até por conta da comida", destacou.
JK com informações do G1
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