quarta-feira, 9 de setembro de 2015

"FIQUEI APAVORADA", DIZ MÃE QUE TEVE BEBÊ RAPTADO DO HOSPITAL MUNICIPAL DE SANTARÉM NA MANHÃ DE HOJE

Osane Fonseca Silva, de 22 anos, carrega no colo o filho tirado de seus braços pouco após nascer

"Fiquei apavorada, não tive como fazer nada", desabafou em entrevista, Osane Fonseca Silva, de 22 anos, que teve o bebê recém-nascido levado do Hospital Municipal de Santarém (HMS), na manhã desta quarta-feira (9). A mulher que furtou o bebê foi presa no bairro Maracanã, no início da tarde. A criança foi entregue a mãe e segundo o hospital passa bem.

Osane contou que tudo ocorreu por volta de 8h, quando ela foi deixada sozinha pela acompanhante. Segundo Osane, no momento em que saiu para ir ao banheiro, a suspeita entrou no quarto. “Ela pegou o bebê e estava sacudindo. A mulher (suspeita) ficou na porta e eu sentei na cama, despreocupada, quando chegou uma senhora e perguntou pelo meu bebê. Eu disse que a mulher (suspeita) teria pego e estava passeando com ele. Demorou um pouco, eu saí do quarto, olhei para o corredor e ela não estava, fui em todos os quartos e não encontrei ela". 

O bebê do sexo masculino, que recebeu o nome de Vitor, nasceu por volta de 23h de terça-feira (8) de parto normal no HMS. Vitor é o terceiro filho de Osane, que é moradora da da comunidade Vila Nova do Uruari, na região do Lago Grande, zona rural de Santarém. Até que a suspeita fosse localizada pela polícia, a mãe ficou quase seis horas sem nenhuma informação da criança. "Foram momentos ruins, mas sempre tive esperança de encontrar meu filho. Eu imaginava muita coisa, que ela poderia ter matado ele. Eu só chorava, minha cabeça começava a doer. Agora estou satisfeita, graças a Deus que ele chegou aos meus braços novamente".

Criança encontrada e mulher presa

O pequeno Vitor foi achado numa casa no início da tarde, no bairro Maracanã, junto com a mulher que o furtou. Após ser presa e levada à Seccional de Polícia Civil, inicialmente a mulher negou que tivesse sequestrado a criança e alegou que o bebê lhe pertencia. Rapidamente essa versão caiu por terra, pois a mãe reconheceu a criança e a sequestradora, então a suspeita confessou o crime à polícia.

Segundo o delegado, a mulher vai responder pelo crime de subtração de incapaz, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e pode pegar de 2 a 6 anos. A suspeita passou por exames de corpo de delito no Centro de Perícias Científicas (CPC) e deve ser encaminhada ao Penitenciária Agrícola Silvio Hall de Moura.

Rapidez nas investigações

Segundo o delegado, não há informações de que um caso igual a este tenha ocorrido antes na cidade. Ele atribui o êxito na localização rápida da suspeita a coleta de informações junto a funcionários do hospital, testemunhas e, principalmente, a troca de dados entre os policiais do município de Belterra, local onde a suspeita mora.

Funcionários e marido suspeitos

Em entrevista, o delegado Napoleão informou que serão objetos de investigação os funcionários do hospital e o marido da suspeita. "Nós precisamos verificar até que ponto ele (marido) foi enganado e até que ponto ele também participou desse sequestro".

Questionado sobre a possível participação de funcionários, o diretor do hospital, Glayton Rodrigues, disse que "está fora de cogitação. Não existe possibilidade nenhuma. Ela era uma paciente sendo atendida como qualquer outro paciente. Na ocasião, ela achou oportuno e acabou fazendo a subtração da criança".

JK com informações do G1

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