quarta-feira, 27 de julho de 2011

FENÔMENO "TERRAS CÁIDAS" AMEAÇA RIBEIRINHOS DE SANTARÉM

Depois de perderem parte de seus imóveis por causa do fenômeno das terras caídas durante o período chuvoso deste ano, moradores de Fátima do Urucurituba, comunidade ribeirinha do rio Amazonas localizada no interior de Santarém, reclamam da falta de assistência por parte dos órgãos competentes do Município. Dezenas de famílias que residem na comunidade, distante uma hora e meia de barco de Santarém, continuam sendo vítimas do fenômeno chamado de “terras caídas”.

De acordo com os comunitários, das 71 famílias que moravam em Fátima do Urucurituba, hoje somente 20 insistem em continuar na localidade, alegando que não têm para onde ir. Já as outras 51 famílias abandonaram a comunidade e moram hoje em outros locais, como em áreas de invasão, na zona urbana de Santarém.

As famílias que continuam na comunidade estão em pânico e preocupadas com o futuro, temendo um novo desastre. Os ribeirinhos afirmam que além de ser um fenômeno natural provocado pela queda de barrancos do rio Amazonas, as terras caídas são também provocadas pelos grandes navios carregados de bauxita que passam em alta velocidade, provocando pressão sobre a barranca do rio e ajudando na destruição das margens.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o fenômeno das terras caídas acontece todos os anos neste período de vazante na comunidade de Fátima do Urucurituba. A força da água leva casas, barcos, árvores e blocos de terra para o fundo do rio.

Uma estatística da Defesa Civil aponta que em Fátima do Urucurituba existiam 71 famílias, sendo que duas tiveram as residências levadas pela correnteza e sete tiveram que desmontar suas casas por precaução.

Em visita ao local, as defesas civis estadual e municipal constataram que as famílias que ainda estão na comunidade correm risco. Eliene Amaral, da Defesa Civil de Santarém, diz que as providências estão sendo tomadas para dar assistência às famílias, onde muitas já foram remanejadas, mas algumas continuam insistindo em morar na área de risco.

Fonte: RG 15/O Impacto

3 comentários:

  1. Até aqui, nenhuma novidade. Sabe-se que o Rio Amazonas é um Rio que ainda agoniza a procure de seu leito definitivo e o seu vale no que se refere a área do Baixo Amazonas, fazia a tempos remotos, parte do Oceano Atlântico. portanto, toda essa área é uma área de risco e deveria ser observada construções próximo às suas margens, bem como as formações recentes como por exemplo aquela ilha em frente a nossa cidade, que continuam fazendo casas por ali e não se sabe a hora que o Rio a levará de volta.
    Compete a Defesa Civil Municipal fazer um trabalho preventivo de conscientização e não só esperar que o desastre aconteça para receber vultuosos recursos do Ministério de Integração Nacional.
    OBS: Não devendo esquecer que agora tem o cartão de saque automático para casos desástres!
    Falei!

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  2. Para não ficar só na faixada!
    Lembro que o Poder Executivo precisa executar a Lei Municipal que criou a COMDEC,no sentido de por em prática a sua principal finalidade que é a PREVENÇÃO, precisa organizar essa Coordenadoria no que diz respeito o Decreto Federal 5.376 de 17/fev/2005.
    Precisa criar os Núcleos Comunitários de Defesa Civil (NUDEC!s). Tem que fazer reuniões frequentes com membros representantes das Instituições Federais do SINDEC, Organizações Não Governamentais (ONGs, Clubes de Serviço, Organizações Comunitárias e Voluntários.

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  3. Dentro de minha pequena experiência como morador as margens deste rio, acredito que até os dias de hoje ser totalmente impossível se prever quais os danos que serão causados pelo Rio Amazonas na próxima enchente, suas dimensões, vazante e até a formação ou eliminação de grandes bancos de terra, pequenas ilhas (nômades) bem como a incursão de suas margens.
    Medidas preventivas precisam ser tomadas no sentido de não permitir a construção de casas por imigrantes colonos desavisados nessas formações de alto risco muitas vezes bem próximo das cidades, que poderão durar alguns anos ou serem logo engolidas na próxima enchente pelas águas do Amazonas.
    É indispensável a conscientização desta população e para isto torna-se nescesário a atuação dos veículos de comunicação de massa no sentido de ajudar a divulgar as medidas educativas e preventivas dos programas da Defesa Civil.

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