sábado, 13 de agosto de 2011

ACUSADOS CONFESAM QUE MATARAM JOELSON

O casal acusado de assassinar e esquartejar o técnico em informática Joelson Sousa Ramos em um motel no bairro da Guanabara, em Ananindeua, confessou, na madrugada de ontem, que cometeu o crime. Eles foram submetidos, no início da tarde de ontem, a exame de corpo de delito no Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves”. Segundo o delegado Gilvandro Furtado, a Polícia trabalha com as hipóteses de que o crime tenha sido motivado por ambição e ciúme.

Após a análise, Savana Nathália Barbosa Cruz e Raimundo Nonato Ferreira dos Santos, o “Maranhão”, seguiram para os procedimentos jurídicos sob custódia da Polícia Civil acompanhados do delegado Luiz Xavier, responsável pelo caso.

A visita do casal às dependências do CPC “Renato Chaves” causou curiosidade em parte dos funcionários e visitantes, que tiveram oportunidade de ver, a menos de dez metros, os principais acusados de um dos crimes mais violentos da Região Metropolitana de Belém nos últimos meses.


Os acusados prestaram depoimento durante toda a madrugada de ontem. Por volta de 12h15, Savana Nathália e Raimundo Nonato chegaram em carros descaracterizados da Polícia Civil ao Instituto Renato Chaves e entraram pelos fundos.

Os dois, algemados, seguiram até o consultório médico. Primeiro, “Maranhão” foi chamado para a análise, em seguida, a médica legista solicitou a entrada da “Viúva Negra” (como Savana Nathalia foi apelidada durante as investigações) para realizar o exame de corpo de delito.

Após quase 30 minutos, o casal deixou o local na companhia do delegado Luiz Xavier.

O CASO

Savana Nathália Barbosa Cruz e Raimundo Nonato Ferreira dos Santos confessaram que mataram e esquartejaram o técnico em eletrônica Joelson Sousa Ramos, de 32 anos, no último dia 10 de julho, em um motel da Guanabara, em Ananindeua. A cabeça da vítima, ainda não encontrada, foi cortada, bem como as pontas dos dedos, para dificultar o trabalho de identificação do corpo.

Dupla foi encaminhada ao Sistema Penitenciário

De acordo com Orlando Salgado Gouvêa, diretor geral do Centro de Perícia Científica Renato Chaves, o procedimento no qual o casal foi submetido é feito antes de qualquer pessoa ser presa. “Como de praxe e previsto em lei, todo preso precisa passar, primeiramente, por exame de corpo de delito. Caso seja solicitado pelo delegado, os acusados podem ser submetidos a outros exames, como o de DNA”.

O resultado do exame, segundo o diretor, deve sair nos próximos 10 dias. “Acreditamos que não haverá necessidade, mas caso haja o resultado poderá ser prorrogado por mais 10 dias”, estima.

O diretor informou ainda que aguarda a solicitação do delegado responsável pelo caso, para iniciar a reconstituição do crime. “Um dos objetivos de ter isolado o local do crime, os quartos 403 e 405 do motel, foi justamente para preservar os indícios no local”, ressalta.

O tio de Joelson, Marihugo Siqueira, contou, em entrevista ao DIÁRIO, que a prisão do casal representou alívio e alegria. “Foi um alívio por ter acabado um sofrimento da família e alegria por a polícia ter tirado do convívio social essas duas pessoas que representam um câncer para a sociedade”, desabafou. Ele ressaltou ainda que deseja ficar frente a frente com o casal e questioná-lo sobre a razão de ter praticado um crime tão bárbaro.

TRANSFERIDOS

Na noite de ontem, Savana e Raimundo foram encaminhados à Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe). Os dois saíram da Delegacia Geral de Polícia Civil em direção aos centros de recuperação.

Savana Nathália foi encaminhada para o Centro de Recuperação Feminina (CRF), e Raimundo Nonato, para o Centro de Recuperação do Coqueiro (CRC), ambos em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém (RMB). O delegado que preside o inquérito, Luiz Xavier, dispensou a acareação.

O casal foi transferido para Belém na noite de anteontem, após ser preso no início da tarde, no interior do Pará - ele em Novo Repartimento, sudeste do Estado, e ela em Almeirim, no oeste.

Na chegada à capital, eles foram levados até a sede da Delegacia Geral, onde foram apresentados à imprensa. A prisão dos dois aconteceu 32 dias após o crime. 

(Diário do Pará/ Com informações da Ascom da Polícia Civil)

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