segunda-feira, 15 de agosto de 2011

JOVEM INVADE CASA, FERE SOGRA E FILHOS DA EX

 “Quando ele começou a me bater, eu estava dormindo. Estava tudo escuro, tentei acender as luzes mas não conseguia”. O relato é de uma criança de 11 anos de idade que foi esfaqueada por um homem na madrugada de domingo (14) em uma casa no bairro Vila Nha-Nhá, em Campo Grande.

Segundo as vítimas, o homem que teria cometido o crime é o ex-namorado da operadora de caixa Lucimar Barros Giroto, mãe das crianças. O suspeito está sendo procurado pela polícia.

Lucimar contou que duas semanas atrás havia terminado um relacionamento com o suspeito, que tem 26 anos. Inconformado com a situação, ele teria passado a ameaçá-la. As agressões começaram há três dias. “Ele me espancou no meio da rua, perto de casa e na frente de um monte de gente. Depois, disse que todos que eu amo iriam sofrer”,diz.

 
No dia 10 de agosto, Lucimar conseguiu na Justiça que o suspeito ficasse proibido de fazer contato ou aproximação com a vítima, familiares e testemunhas, e que ele mantivesse distância mínima de 300 metros. A medida cautelar expedida pelo juiz José Rubens Senefonte, da Vara da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher em Campo Grande, também decretava seu afastamento do lar.

Invasão

Segundo a operadora de caixa, o agressor desativou a energia e entrou na casa usando uma chave reserva. Ele foi à cozinha, pegou uma faca e começou a espancar e a esfaquear a ex-sogra. Depois, foi ao quarto das crianças para continuar com as agressões. Enquanto o homem agia, Lucimar disse que ficou escondida no banheiro. “Se ele me encontrasse, com certeza teria me matado”, relata.

O garoto foi atingido por quatro facadas no braço e nas costas. Já a menina levou oito facadas nas costas, braços e no rosto, além de murros e pontapés. “Ainda estou com muita dor, mas espero que a justiça seja feita”, diz a menina.

Emocionado, o pai das crianças e ex-marido de Lucimar, Rafael Olmos Ortiz Espíndola, relatou seu desespero ao receber a notícia. “Quando me ligaram avisando que meus filhos tinham sido esfaqueados eu não acreditava, perdi o chão. A gente nunca acha que essas coisas vão acontecer com a gente, principalmente com os filhos. A pessoa que fez isso não é um ser humano, é um monstro, e tem que pagar pelo que fez”.

Após serem medicadas no posto de saúde do bairro Guanandi e na Santa Casa, as crianças passam bem. Elas estão sob a guarda temporária do pai. Já a mãe de Lucimar segue internada na Santa Casa.

G1

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