Amigos, confesso que fiquei extremamente triste com as respostas de nosso Vice Governador Helenilson Pontes, quando das perguntas feitas no blog do bacana a ele, sobre a criação do Estado do Tapajós. Vejam:
BLOG - Por falar em estado grande, e a divisão do Pará? Como se administra uma posição pessoal de uma institucional?
Separando a ética da convicção. Tenho que respeitar o cargo que ocupo, tanto eu como o Governador fomos eleitos tendo votos de todas as regiões do estado, de gente que é contra e gente que é a favor da divisão. mas eu sou vice Governador do Pará e tenho de agir como tal.
BLOG - E o pessoal do Tapajós, de sua região, não cobra um posicionamento ?
Cobrar cobra, mas eles sabem que não vou ceder ao oportunismo político e é claro que os adversários estão aí para explorar esse momento. Fui eleito governador, já assumi o governo umas seis vezes, então não posso ser um oportunista, tenho de ter uma postura de magistrado, como aliás o Jatene vem fazendo muito bem. O elemento jurídico aplicado a ale é o mesmo aplicado a mim, então na minha visão temos uma limitação ética com isso. Imagina eu fazendo campanha Pró Carajás, Tapajós, usando o avião do estado para ir em uma reunião em uma cidade qualquer, isso seria irresponsabilidade, inclusive sujeito a penalidades da lei, improbidade administrativa no mínimo. Vivemos um momento único, em que os moradores desse estado vão decidir de forma democrática o que querem, posso ter eu minhas convicções pessoais, mas o cargo que nesse momento ocupo exige uma postura que não permite, não da espaço para esse tipo de convicção, temos de ser responsáveis. E seja qual for o resultado do plebiscito, mantendo-se o Pará do tamanho que é ou sendo menor eu continuarei sendo vice governador do estado.
BLOG- O Governador pediu para que o senhor tivesse algum tipo de posição sobre o plebiscito?
Nunca, claro que já falamos sobre o assunto, mas pedir isso ou aquilo jamais ele pediu.
Eu não consigo compreender este posicionamento, justamente agora em que precisamos de seu integral apoio a esta causa. Posso até ser convencido deste posicionamento, se me responderem o seguinte:
1) - Onde está escrito que o Vice Governador não pode defender suas convicções e se envolver de corpo e alma nesta causa? É Lei? Qual é a lei?
2) - Se não pode defender como Vice Governador, por que não se licencia do cargo para encabeçar esta campanha de criação do Estado do Tapajós?
3) - O que impede que a criação do Estado do Tapajós seja considerada, um projeto estratégico de desenvolvimento do Estado do Pará e do próprio norte do País? O Norte não ficaria mais forte?
4) - As oportunidades se multiplicarão? Não teríamos mais recursos, para investirmos no Novo Pará, no Tapajós e no Carajás?
Lamento a franqueza, mais não posso aceitar este comportamento de um filho do tapajós, que apoiamos e principalmente acreditamos, que a sua presença no Governo iria fortalecer esta causa comum de nossa região. Sobretudo trabalhando para provar que esta causa é fundamental para o Estado do Tapajós e principalmente, para o Estado do Pará. Hoje dedico quase que 100% de meu tempo a esta causa, pois, já não aguento mais a injustiça, o sofrimento e a desigualdade que nossa gente é submetida. O Pará é ingovernável, independentemente de quem está frente do Estado. Todo e qualquer esforço de qualquer Governo, não se sobrepõe as necessidades e soluções que este Estado vive e precisa, para se multiplicar. Chega! Todos nós somos Paraenses de nascimento ou de coração e nunca deixaremos de ser, porém, queremos desenvolvimento para todos. Queremos dividir o pão igualmente. Somos todos irmãos e assim o seremos. E como irmãos desejamos que todos tenham oportunidades. Vamos dizer SIM no dia 11 de dezembro para os três Estados: Novo Pará, Tapajós e Carajás, votando 77, pois, só assim vamos colocar nosso território Paraense no lugar de destaque que todos nós merecemos.
Vereador do DEM - Henderson Pinto
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