sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

BELÉM VAI AO FUNDO COM FORTE CHUVA

As últimas tardes de Belém foram marcadas pelas fortes chuvas, suficiente para alagar ruas e algumas casas. Na rua dos Pariquis com a travessa Quintino Bocaiúva, onde acontece a obra de macrodrenagem da Bacia da Estrada Nova, muitos motoristas não passaram por causa do alto nível da água. A rua desapareceu e a água alagou as casas no local.

A obra pretende minimizar os alagamentos que atingem 10 bairros da capital. Mas de acordo com os moradores da rua, a situação está piorando. “Eu nunca vi um serviço tão malfeito. Aqui nesse perímetro, na Pariquis antes da Quintino, não enchia.

Agora a água está vindo para cá”, conta Maria das Dores.

Ela mora na rua há seis anos e garante que há mais de um ano assiste à execução de uma obra que nunca termina. “Já vi eles asfaltando e depois quebrando tudo porque havia alguma coisa errada mais de três vezes. Imagina o desperdício de dinheiro”, revela.

Marcelo Estumano é designer gráfico e dono de uma lanchonete no perímetro do alagamento, ele diz não entender o andamento da obra. “Esses dias veio uns oito carros cheio de aterro e jogou aí na rua, mas do que adianta? É para isso?”, questiona.

Segundo ele, o serviço não está sendo feito da maneira correta. “Eu queria saber o que esse engenheiro está fazendo. Com o fluxo de água que cai aqui os canos deveriam ser largos, mas eles estão trabalhando com uma tubulação estreita”, diz. Maria das Dores completa, “e os canos ainda estão entupidos, para onde vai essa água?”.

Além dos moradores, quem sofre são os condutores. Gilberto Cruz não conseguiu passar com o carro na esquina. “Impossível vir por aqui, a água está dando na metade do pneu. Vou dar a volta, é o jeito”, diz.

Alguns motoristas tentam passar, mas o carro para no meio do caminho. Esse, porém, não é o único perigo. “Anteontem eu vi dois assaltos aqui. Os bandidos estão aproveitando o engarrafamento para roubar os motoristas”, conta Marcelo Estumano.

ALMIRANTE

Na Almirante Barroso, o aguaceiro transformou a avenida em um caos. Bastaram alguns poucos minutos de chuva para levar condutores de ônibus, táxis, caminhões e veículos particulares à irritação, em plena quarta-feira.

Para deixar a situação ainda pior, um semáforo falhou e, por intermináveis minutos, o trânsito se tornou um pandemônio para quem tentava entrar ou sair de Belém.

Somando a baixa visibilidade causada pela chuva, o congestionamento e a falta de sinalização adequada, a tarde de ontem foi mais uma para o motorista que trafega em Belém preferir nem lembrar.
 
Diário do Pará

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