domingo, 15 de janeiro de 2012

SITUAÇÃO DO PARAENSE: SERÁ PROBLEMA DE GESTÃO?

Será problema de gestão? é o que temos ouvido de muitos defensores da situação paraense. A população paraense aumenta a cada ano, hoje na ordem de 7,5 milhões de habitantes, distribuídos em 144 municípios, com proporção aumentada exatamente na região metropolitana e do entorno da capital.

As demandas regionais também aumentam significativamente, para que o estado federado cumpra o atendimento, portanto seu papel. De que maneira gerir recursos que não existem nem em caixa e nem previsão para tanto. Se não há dinheiro, como poderemos atender a demanda de mais de 300.000 jovens, em idade de 16 a 25 anos, estes sem escola, sem trabalho, ou sequer qualificação profissional? Como será possível ampliar o número vagas nas escolas de ensino superior, se os formados do ensino médio ampliam seu número, rumo a um terceiro grau e daí não passam? Será que está tudo bem nos hospitais, com a demanda de crianças que morrem nas filas, de problemas cardíacos, porque não há especialistas para atendimento desse segmento?

O problema é só de gestão? Ou está faltando mesmo é grana para atender as necessidades local e regionais?

A questão da gestão pode até ser melhorada, mas sem dinheiro não vamos a lugar nenhum, senão à bancarrota, exatamente porque o achismo disse que o problema é de gestão! É necessário entender que as políticas públicas se constroem com recursos financeiros, sem estes, não avançamos. Mas a população aumenta e daí o que fazer? O passe de mágica não existe, o que se nos apresenta, é o lado real de todos os dias e os problemas só aumentam.

Para onde irão abrigar-se aqueles jovens, cuja responsabilidade amplia, pois daqui a pouco formarão outras famílias? O horizonte não está isento de muitas tempestades e “a maré não está pra peixe”. O Pará terá de dar respostas às populações que o compõem e suas necessidades. Somente dizer que não tem dinheiro não justifica. O Estado é rico, portanto, respostas.
 
Odair Corrêa

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