Sra. Maria Adelina Braglia do IDESP,
Perdoe-me a imodéstia, mas creio mesmo que a Sra. Não tem traquejo para discutir comigo matéria orçamentária, ao menos pelo prisma que efetivamente interessa aos contribuintes das regiões do Tapajós e Carajás, que suportam nos costados uma elevada carga tributária em contrapartida da qual o governo do Estado pouco ou nada lhe oferece e ainda tendo de aceitar, resignados, que os recursos orçamentários sejam distribuídos de forma profundamente injusta e desigual como é a vontade de burocratas egocêntricos, despreparados e pedantes que vivem a soldo da governadoria jatenista.
Perdoe-me a imodéstia, mas creio mesmo que a Sra. Não tem traquejo para discutir comigo matéria orçamentária, ao menos pelo prisma que efetivamente interessa aos contribuintes das regiões do Tapajós e Carajás, que suportam nos costados uma elevada carga tributária em contrapartida da qual o governo do Estado pouco ou nada lhe oferece e ainda tendo de aceitar, resignados, que os recursos orçamentários sejam distribuídos de forma profundamente injusta e desigual como é a vontade de burocratas egocêntricos, despreparados e pedantes que vivem a soldo da governadoria jatenista.
Mas vamos aos seus argumentos para que não se diga que eles não foram apreciados.
À sua sugestão de que preciso atualizar-me no orçamento e sobre a disponibilização de recursos digo-lhe que poderia aceita-la não tivesse eu mais horas de estudo em matéria orçamentária (pelo prisma e enfoque que realmente interessa à sociedade) do que a Sra. Tem prestando serviço à elite política belenense que nunca mostrou competência para resolver os graves problemas do nosso povo, precisamente porque é possuída tanto de cavalar dose de insensibilidade para com os problemas sociais quanto de extremado egoísmo que a faz concentrar-se apenas e unicamente no próprio umbigo.
Quanto à referência que a Sra. Faz à saúde e à educação, dando a entender que o governo estadual está desobrigado de investir nessas áreas, e ainda por cima invocando a Carta Maior para melhor lustrar seu trôpego e confuso argumento, digo-lhe que, nesse ponto, minha humilde análise centrou-se no Programa “Atenção Primária de saúde” que foi criado pelo governo do Estado e incluído no Orçamento 2012 para, suponho, e perdoe-me se equivoco-me, fazer frente a um problema concreto do povo paraense, ainda que seja apenas o de Belém.
Qual minha crítica a esse Programa? Primeiro, o valor a ele destinado. Uma miséria. Uma migalha. Uma insignificância. Segundo, a injusta e vergonhosa concentração de investimentos desses recursos na capital, cujos serviços ofertados na área da saúde são infinitamente superiores aos oferecidos nas regiões do tapajós e Carajás.
Ora, se a moda pega e a Sra, consegue convencer o governador de que esse Programa é desnecessário e inútil, então nem essa miserável migalha teremos no Orçamento, isso porque a Sra. Acha que os municípios já recebem recursos em montante suficiente para resolver os problemas de saúde estando o governo do estado, portanto, exonerado de atuar na área da saúde que é a que mais dor, sofrimento e angústia causa ao nosso povo em função do completo abandono em que se encontra, pelo menos nas regiões do Tapajós e Carajás.
No segundo ponto a Sra. Fala de fiscalização aos gestores municipais. Creio que a Sra. Fez uma confusão dos diabos ao ler meu texto. O que nele trato é precisamente da fiscalização do governo do estado, do governo ao qual a Sra. Serve e está, por que não, no direito de defender, ainda que com argumentos ocos e invertebrados.
Mas é no terceiro arremedo de argumento é que a Sra. Se supera, supondo, penso, que temos o nariz furado e que a densidade neuronal do bestunto do povo do Carajás e Tapajós é tão baixa quanto a atenção que o governo do estado dá às nossas regiões.
Veja o que diz a Sra:
“Quanto aos recursos destinados à capital, pouco ou nada têm a ver com preferências. Afinal é na capital que está a maior parcela da população...”
Se não incorro em perdoável equívoco, creio que a Sra é presidente do IDESP, uma autarquia que custa R$ 3,6 milhões por ano ao povo paraense e pelo custo que representa à sociedade a sua presidente deveria se sentir na elementar obrigação de saber ao menos qual a população do Estado, da sua capital e das demais regiões.
Se lhe custa muito acessar o site do IBGE, em alguma pasta pouco acessada do IDESP a Sra vai encontrar algum Relatório informando que o Pará tem 7,6 milhões de habitantes, que a capital conta com 1,3 milhão de habitantes e que em termos relativos isso representa (2010, IBGE) 17,1%. Logo, em Belém, diferentemente do que a sra acredita, não se concentra a maior parcela da população exatamente porque 17% não é e nunca será maior que 83% e nem é justo que um contingente populacional de 17% seja agraciado com investimentos de 55 a 60% como historicamente vem acontecendo nesse Pará, cuja elite política acomodada em Belém presta honra e reverencia as injustiças cometidas contra o povo das demais regiões do estado.
No seu comentário a sra também nega que Belém seja tratada com especial deferência pelo governo do estado e afirma que a capital não é privilegiada pelos órgãos do executivo estadual.
Pois então Sra Adelina, visite a página virtual da SEPOF, acesse o link ‘perfis regionais’, veja quanto região do Tapajós recebeu de investimentos no ano de 2010 (5,38%) e confronte com o montante destinado à Belém (53,2%).
Se o seu entendimento for o de que essa violenta discrepância se deve ao fato de Belém sediar a maioria ou quase totalidade dos órgãos da estrutura administrativa do Estado, então vamos á comparação por Função ou área de Investimentos que abstrai essa conversa mole, esse papo furado de que na capital os investimentos se concentram em maior proporção porque sedia as secretarias e demais órgãos.
Vejamos, pois na área de Transportes, cujos investimentos ao longo de décadas são prioritariamente destinados À RMB em detrimento das demais regiões do estado e em especial Tapajós e Carajás.
Pois em 2010, de um montante de R$ 613,49 milhões destinados a essa Função, apenas a mísera quantia de R$ 19,44 milhões foram destinados aos municípios do Tapajós, o que representa miseráveis 3,17% enquanto somos 16,1% da população.
Belém, por seu turno, foi contemplada com R$ 136,92 milhões de investimentos na função Transportes, montante sete vezes superior ao destinado aos 27 municípios do Tapajós mesmo sabendo o governo do estado que a população desses é praticamente a mesma da capital e também que a nossa região praticamente não tem rodovias estaduais pavimentadas.
O que é isso Sra Adelina senão a mais clara, cristalina e indesmentível demonstração de que Belém recebe, sim, tratamento diferenciado sempre em prejuízo dos demais municípios?! Isso é justiça?! Isso é igualdade de tratamento?! É justificável sob qualquer ponto de vista esse tratamento vil, ignóbil e perversamente desigual?!
Sra Adelina, os senhores adiaram o nosso sonho de Liberdade, de cuidarmos de nosso destino e de nossas vidas, mas a Sra não faz idéia do quanto a certeza da opressão tem potencializado nossas forças e nos estimulado a lutar fervorosamente por Igualdade e pela prevalência da Justiça.
Evaldo Viana,, futuro prefeito de Santarém

e eu que acreditava no socialismo. existe tendencia política nesta replica? me parece o discurso de um socialista com depressão política que é a mais nova molestia importada do leste europeu. Ai Jesus!!!
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