O programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, executado em Santarém pela Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Habitação, pode virar moeda de troca para alguns atores que coordenam o programa no município. As inscrições para o cadastro das pessoas interessadas em adquirir um imóvel de baixo custo começaram no último dia 13.
E nem bem começou o período de inscrição e já surgem denúncias de quem tem gente tentando tirar proveito do programa que prevê a construção de mais de quatro mil moradias no município. Como estamos em ano eleitoral, os principais ‘padrinhos’ deste grandioso projeto tentam fazer uso do benefício que ele poderá trazer também nas urnas. É sabido por todos que o candidato oficial do governo, o secretário de Infraestrutura Inácio Corrêa terá sua candidatura turbinada a partir das ações do Poder Executivo.
Com o programa Minha Casa, Minha Vida, alguns ‘assessores’ da Prefeitura estariam, possivelmente, ‘orientando’ os candidatos interessados em adquirir um imóvel a não se esquecer de ‘retribuir’ o gesto de generosidade do governo do PT, sugerindo inclusive em quem deveriam votar nas eleições de outubro. O QP descobriu também que tem gente querendo levar vantagem na indicação de cadastros junto à Secretaria de Habitação. Há uma queda de braço sendo travada neste sentido, pois outros dois personagens se autodenominam responsáveis pela execução do programa no município: Ivan Leão e Francisco Barbosa.
O primeiro afirma em alto e bom tom que foi um dos principais articuladores em Belém junto ao Governo do Estado pela desapropriação do terreno localizado na Fernando Guilhon, que receberá o conjunto residencial ‘Salvação’. O líder comunitário, que é pré-candidato a vereador, estaria tentando garantir o cadastro e aprovação de pessoas selecionadas pela associação comandada por ele. Ivan desmente essa afirmação e diz que está do lado do governo municipal por um bem maior, que é a realização do sonho da casa própria para pessoas carentes.
Já Francisco Barbosa não esconde de ninguém que tudo fará para impedir que a Prefeitura execute o projeto de construção das casas no terreno da Moaçara sem cumprir o que determina o contrato de doação da área feito pela União ao Município. Para ele, a prefeita Maria do Carmo deve assumir o compromisso com a comunidade e priorizar o cadastro das famílias do bairro, que lutou pela liberação do terreno. Pelo que apurou o QP, todos os casos de possíveis irregularidades e qualquer denúncia de má fé no ato da inscrição e seleção das famílias serão investigados pelo Ministério Público Federal.
Fonte: Blog Quarto Poder
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