CRM-PA INSTAURA SINDICÂNCIA CONTRA O MÉDICO TELMO MOREIRA ALVES

O requerente YGUARACI MACAMBIRA SANTANA LIMA, necessitou ser submetido ao procedimento cirúrgico em seu joelho esquerdo denominado ARTROSCOPIA, tendo sido marcada data da cirurgia para o dia 04/01/2012, a ser realizada no Hospital da UNIMED, ocorrendo os avisos antecipados aos profissionais responsáveis pelos procedimentos e ao requerente/paciente, fato que se fez necessário. Aliás, por copia da escala de sobreaviso dos anestesistas, que certamente tomam ciência, conta a data de 04/01/2012, em que o denunciado seria o anestesista responsável para atuar na cirurgia do denunciante.

Como necessário houve solicitação de todos os exames pré-operatórios, além da avaliação de risco cirúrgico, os quais foram realizados no mês de Dezembro/11, com resultado positivo, permitindo a realização da cirurgia.  

No dia 04/01/2012, impreterivelmente às 06:00 horas, compareceu ao Hospital da UNIMED e lá, após ser atendido na recepção para preenchimento dos dados requisitados na ficha de internação e alta foi internado compreensivamente na enfermaria, pois deveria ser "acomodado" em apartamento, mas a UNIMED não dispunha de leito com essa classificação, onde também estavam locados o professor de matemática da UFOPA, Sr. Sebastian, este recebendo alta, e um jovem que também concordou em ser internado na enfermaria e que iria ser submetido ao procedimento cirúrgico para retirada de nódulos/glândulas mamárias segundo a acompanhante deste que vieram da cidade de Óbidos e Oriximiná, respectivamente, as quais são pessoas que tomaram conhecimento dos fatos e da preparação preliminar para a cirurgia, inclusive manipulado com a punção e o soro já aplicado, sendo levado/conduzido até a sala cirúrgica onde foi recepcionado pela equipe cirúrgica chefiada pelo Ortopedista, Dr. Francisco, que ficou somente aguardando  o anestesista de plantão.

Ocorreu que, para sua surpresa, já estando devidamente preparado na mesa cirúrgica, o Anestesista de plantão designado para atuar como tal, Dr. TELMO MOREIRA ALVES, adentrou na sala cirúrgica, de maneira imprópria, destemperada, de forma nervosa e aética se recusou a fazer o procedimento anestésico, alegando motivos pessoais, tentando esclarecer perante o paciente prestes a submeter-se a cirurgia que o motivo da recusa foi em razão de sua esposa Rosa Monte Macambira atuar profissionalmente como advogada do Hospital e Maternidade Sagrada Família e nesta condição ter ajuizado ação judicial em face de SAOP - SERVIÇO DE ANESTESIOLOGIA DO OESTE DO PARÁ E ANESTESISTAS FILIADOS, dentre eles o Dr. Telmo Moreira Alves e que não gostou da atitude da esposa do paciente e estava muito aborrecido com a atuação profissional da mesma (exercício da advocacia) não se encontrando em condições emocionais para tal. ABSURDO O MOTIVO DA OMISSÃO PROFISSIONAL.

Em razão do ocorrido, o denunciante, ainda na mesa de cirurgia, abasbacado/incrédulo com a inusitada atitude somente pediu ao Dr. Telmo que justificasse ou fizesse contar no prontuário do Hospital os motivos de assim agir, obtendo imediata resposta que assim o faria e iria relatar os fatos de sua indignação/recusa. Após outras tentativas inobtosas para que fosse dado cabo ao desiderato (cirurgia), após ficar aguardando por mais de duas horas no leito da enfermaria, o requerente foi até a secretaria do hospital para solicitar cópia integral do prontuário, com a justificativa do Dr. TELMO MOREIRA ALVES, protocolando o pedido, tendo sido atendido, recebendo o prontuário.

A justificativa apresentada não acoberta o ato aético procedido pelo anestesista, tendo em vista que o médico naquele momento estava no dever profissional e que a sua frente um ser humano a espera de uma cirurgia, na expectativa de ter o seu joelho esquerdo operado. A atitude do anestesista feriu sobremaneira a pessoa do requerente, que se sentiu naquele momento desprezado, desrespeitado e, sobretudo, injustiçado. O Dr. Telmo Moreira Alves, agiu de maneira a ferir o Código de Ética Médica, diante da maléfica forma com que agiu, sem a mínima ética, abandonando o paciente em uma sala de cirurgia, imotivadamente.

O denunciado sequer teve a atitude responsável, que seria mínima, de avisar previamente a Direção do Hospital de que não faria o procedimento de anestesia do denunciante, no sentido de possibilitar que a UNIMED pudesse tomar as providências de buscar outro profissional, o que evitaria o vexame e constrangimento de toda ordem passada pelo paciente naquele momento difícil.

Diante do ocorrido, é que resolve exigir desse Conselho Regional de Medicina as providências pelos desmandos e inconsequências praticadas pelo denunciado, merecendo que esse Conselho tome as medias cabíveis.

Notificação do CRM comunicando que foi instaurada a Sindicância contra o médico Telmo Moreira Alves

Rosa Monte Macambira, advogada