segunda-feira, 1 de outubro de 2012

CORPORATIVISMO PROTEGE O ASSASSINO DE VIGILANTE EM SANTARÉM

Há casos na vida que não podem calar facilmente, mesmo que alguns se esforcem para abafar. O assassinato do vigilante ocorrido há poucos dias em Santarém é um desses casos.  Estranha a violação de justiça por quem deveria ser fiel cumpridor da lei. O vigilante assassinado já se foi, deixando viúva e órfãos. Os motivos do assassinato estão difíceis de serem esclarecidos, já que a vítima não pode mais dar testemunho. Mas cúmplices do assassinato parece terem culpa no caso ao protegerem o autor, um colega de farda. Já é o terceiro delegado a assumir a apuração do assassinato. Dois delegados foram afastados do caso. Por quê? Serão eles punidos pela Justiça, ou antes, pelos seus superiores? Se eles foram afastados da apuração foi por incompetência ou negligência, dois sérios para punição. 

Afinal, quem garante que os dois ainda merecem confiança da população? Como explicar que um assassino confesso saiu da cidade protegido por colegas de farda e ainda com farda de outra corporação? E se fosse o contrário de o vigilante ter assassinado o policial federal, que não estava a serviço, será que os Delegados seriam condescendentes, ou ele imediatamente seria preso?

Agora que a família da vítima clamou ao céu e os meios de comunicação levantaram dados suspeitos dos motivos do crime e que o Ministério Público exigiu apuração, a Justiça decretou a prisão do assassino que já estava em Brasília, aí que voltará a Santarém, mas sem data de chegada. Por que tanto cuidado em proteger um assassino confesso? Esse corporativismo pega muito mal tanto para Delegados como para a Polícia. 

Espera-se que mesmo tardiamente a justiça se complete e o remendo seja melhor que o soneto.

Padre Edilberto Sena

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