Neuton Magno, presidente da Ong “Mais Amor, Respeito à Vida – AMARV”, fez uma avaliação da gestão da senhora Osmarina Pires à frente do Centro de Referência e Testagem (CTA). Segundo ele constatou, apesar de todas as práticas e ações elaboradas, para que fossem implementadas, em favor de pessoas que estão vivendo e na fase de teste de HIV e outras doenças, “estas ações, levadas a efeito, precisavam de técnicos do nível de Osmarina Pires, e do apoio logístico, em relação às terapias, da maneira como sempre foi feito”.
O lado negativo da ação de Osmarina Pires à frente do CTA, segundo Neuton Magno, seria não dar apoio às Ongs para que fizessem parte na elaboração dos planos, na fiscalização dos recursos e também não atendendo algumas prerrogativas sugeridas pelas Ongs. “Um dos pontos negativos do CTA, na minha opinião, é o atendimento às sextas-feiras, que não é feito”, falou Neuton Magno.
Como acontece todas às sextas-feiras, o Centro de Referência e Testagem (CTA) fecha as portas. “Segundo a coordenação do Centro, é o dia em que eles se reúnem para planejamento das ações que vão implementar”, disse Magno. “Eu não sou contra o planejamento, no meu ponto de vista deveria ser uma vez por mês e não todas às sextas-feiras”, citou o presidente da Ong Mais Amor, Respeito à Vida.
“A questão da coordenadora do CTA em Santarém é que ela apóia algumas ONGs, enquanto mede forças com outras. Ela não deveria fazer isso, porque ela trabalha com Ongs que tratam pessoas da adversidade”, citou Magno. Segundo o presidente da AMARV, “estas tem que ser bem atendidas, com prioridade”.
Com a decisão de fechamento às sextas-feiras, ficam prejudicadas pessoas que se deslocam de regiões ribeirinhas e do planalto, todas que moram em torno de Santarém e que dependem dos serviços do referido Centro de Testagem. “Elas chegam para fazer o tratamento e encontram o Centro fechado. Gastaram dinheiro com passagem de ônibus, perderam seu tempo, em busca da ajuda que não encontram. Ela (Osmarina) não é aberta para diálogos, não aceita sugestões, e com ela trabalha uma equipe de técnicos que incorpora essa evidência; isso é muito negativo para Santarém”, cita Neuton Magno.
A falta de união entre os homossexuais de Santarém, segundo Iran Monteiro, integrante do Movimento Homossexual de Santarém (MHS), surge por falta de atuação do CTA. Exemplo disso foi a carta-manifesto entregue em 2011, assinada por todas as Ongs que tratam o assunto. “A questão é que Osmarina tem apadrinhamento político, ele é irmã de um médico que é amigo do Dr. Everaldo Martins”, falou Ivan Monteiro.
O integrante do Movimento Homossexual de Santarém falou que houve uma tentativa de mudar essa situação, através de uma reunião com o Secretário Municipal de Saúde, mas ele não teve noção do risco político que ela (Osmarina) estava oferecendo. “Nós indicamos outros nomes para o CTA, mas o apadrinhamento político foi mais forte”, sentenciou o membro do GHS. Na opinião dele e de outros integrantes, o CTA deveria estar em mãos de pessoas ligadas as ONgs, que conhecem a realidade de quem necessita do serviço oferecido pelo Centro.
Por: Carlos Cruz

Nenhum comentário:
Postar um comentário