SOS à Amazônia!
Hoje tive momentos de tristezas...
As incertezas do futuro do meu rio
Tapajós doeu-me e como doeu...
Querem aprisionar o meu rio
E mudar seu curso, pelo menos é o
Discurso de técnicos, governos e políticos...
Você diz que sou, apenas, mais um crítico
Que tenta travar o desenvolvimento...
Você diz que sou um saudosista ativista...
Você diz que sou só um romântico...
Sim, devo sê-lo porque é nítido o meu desvelo
Pela vida do meu rio Tapajós e suas praias;
É nítido o meu grito a favor dos ribeirinhos,
Dos irmãos-índios, das matas e dos animaizinhos
Que vivem a sua felicidade de floresta...
Resta-me pedir, implorar, rogar a racionalidade
Dos poderosos, a sensibilidade dos mandões,
Que acham mais valoroso, mais salutar,
Mais valioso e importante ceifar vidas, belezas e sonhos
À contrariar a ambição desmedida de empresários
Que querem energia barata e imediata para gerar
Mais lucros que mantém seus vícios
Cada dia mais excitantes e degradantes.
Pessoas conscientes comprometidas com um
Futuro saudável para a humanidade dizem “não!”
A esta insônia maldita... Dizem “não”
A essa empresa bisonha... Dizem “não!”
À construção de mais uma hidrelétrica
Na Amazônia!
Paulo Paixão, o poeta do Tapajós
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