Mortos pela PM do Rio de Janeiro
O Rio se comoveu com o quebra-quebra ocorrido no Leblon na virada de 18 para 19 de julho de 2013. Balanço da baderna: depredação de orelhões, placas e 25 lojas.
O Rio não se comoveu com a morte de pelo menos dez pessoas na Maré na noite de 24 e na madrugada de 25 de junho, menos de um mês atrás.
O Rio em questão é o retratado pelo jornalismo mais influente. Danos ao patrimônio no bairro bacana, paraíso onde vivi por tantos anos, receberam muito mais atenção do Estado, dos meios de comunicação e de parcela expressiva da classe média do que a perda de vidas na favela Nova Holanda, no complexo da Maré.
É muita covardia. Contra quem? Contra os de sempre, os mais pobres.
Os crimes contra o patrimônio na zona sul foram obra de bandidos, de fascistoides, de ultra-esquerdistas, incluindo pseudo-anarquistas, de pequenos burgueses vagabundos e de alguns miseráveis desejosos de trajar roupas de grife (alguém viu um operário vandalizando?). Como queimam o filme dos protestos e beneficiam o governo estadual com o verniz de vítima, talvez haja infiltrados de origem nebulosa. Cometeram crimes, têm de ser punidos escrupulosamente, nos termos da lei.
Na Maré, o Bope invadiu a favela contra a vontade dos policiais que lá estavam. O efetivo era minúsculo, pois o grosso do batalhão estava cuidando de reprimir manifestações políticas. Resultado: uma bala provavelmente disparada por traficante de drogas matou um sargento da tropa de elite.
Em seguida, sobreveio a vendeta, com a invasão massiva. Nove moradores locais mortos e nenhum PM ferido gravemente. Confronto? Isso tem outro nome: chacina. No mínimo, dois jovens não tinham antecedentes criminais, um deles de 16 anos. A legislação penal brasileira não prevê pena de morte, para qualquer crime, ainda que seja o de assassinato.
Na Maré, o grosso do jornalismo não informou nem a identidade dos mortos, com exceção da do PM. No Leblon, os personagens tinham nome, sobrenome e lágrimas de quem perdeu alguns bens. Na favela, o pranto das mães que perderam seus rebentos quase não saiu no jornal.
A cúpula da segurança do Estado convocou uma reunião de emergência horas depois de os vândalos detonarem no Leblon. Alguém sabe de um encontro dessa natureza para tratar do morticínio na Maré?
Há mais diferenças além da essencial, entre crime contra a vida e crime contra o patrimônio. No bairro das adoráveis novelas do Manoel Carlos, aprontaram criminosos que devem responder judicialmente por si mesmos. Na Maré, atuaram agentes públicos. Se não se sabe ao certo qual foi o comportamento deles, a responsabilidade é do Estado, que deveria investigar para valer, e não encenar apurações.
As agências bancárias com vidros estilhaçados e as butiques dilapidadas costumam estar protegidas por seguros. Que seguro haveria de confortar os irmãos do pessoal morto na Maré?
Acadêmicos, jornalistas, autoridades e politiqueiros que não pronunciaram uma única sílaba sobre a Maré agora posam de valentões bradando contra a desordem no Leblon. Eles só saem em defesa dos mais ricos, os pobres que se danem. São covardes, não valentes.
Merece respeito o sofrimento de tantos antigos vizinhos meus que se assustaram com o pega pra capar. Mas a vida seguiu. Na Maré, para tantos pais, a vida seguiu sem seus filhos. Já cantou Chico Buarque, saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu _teria um quarto ou dormiria no colchão da sala o adolescente que mataram?
O farisaísmo não reconhece limites. Às vésperas do desembarque do papa, celebra-se a existência. Mas muitos corações, que nojo, abalam-se apenas com a perda de patrimônio, e não de vidas. O que diria Francisco?
O recado das últimas semanas é que, para muita gente, crime contra a vida não é nada diante de crime contra o patrimônio.
Isso não é só covardia. É barbárie.
Fonte: Blog do Mário Magalhães
quer saber, eu tenho 13 anos de idade e sei da realidade das favelas, agora tu tem que ver o lado dos policiais, 1 sargento do BOPE morto por um traficante, agora você tem que sair pesquisando mais e pensar antes de escrever merda ok.
ResponderExcluir9 vagabundos mortos pelo BOPE todos eles com antecedentes criminais de furto e e 2 com passagem também por receptação, agora você vem defender esses vagabundos ai, você falou que a família desse mortos estão sofrendo agora, e a família do policial como você acha que está ein? ela está sorrindo? Não, está lá um filho sem o pai, e uma esposa sem o marido vivendo a cada dia com a saudade no peito sem ter seu marido por perto.
se você defende tanto esses marginais ai porque você não pega todos eles e leva pra sua casa em?
Matar vagabundos, meliantes, traficantes não é barbaridade, e sim um bem porque como diz o velho ditado da Polícia: BANDIDO BOM É BANDIDO MORTO. A polícia sobe o morro atrás dos que mataram o sargento do BOPE acha e matou eles em uma troca de tiro.
Você diz que polícia é covarde é isso é aquilo mas não eles apenas fazem o seu trabalho.
E tenho certeza que as autoridades sem importem sim com os pobres, mas você está muito influenciado por jornalzinho de televisão, as autoridades não defendem apenas os ricos, eles defendem os pobres também, se um dia tiver a chance suba o morro e veja tudo que eles já fizeram pelas famílias carentes e o que eles fazem até hoje. ok
antes de falar qualquer coisa, pense no que você vai falar beleza.
vagabundo tem que morrer mesmo, temos é que apoiar a Policia e apoiar mesmo, vagabundo tem que morrer
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