O corpo da menina Luane Caroline de 5 anos foi exumado por peritos do Instituto Médico Legal (IML) por volta de 8h deste sábado (7), em Santarém, oeste do Pará.
A exumação do corpo para a realização de exames médicos foi solicitada no final do mês de abril deste ano pela advogada da família da criança ao Ministério Público Estadual (MPE) que acatou o pedido. Os peritos retiraram fragmentos de ossos que serão usados para identificar a causa da morte da menina.
A exumação foi acompanhada pelo delegado de Polícia Civil, Jamil Casseb, que preside o caso. O pai de Luane, Ladilson Rego Campos e um tio da criança foram os únicos da família que estiveram presente.
Para o pai foi doloroso ter que acompanhar o procedimento, mas ele destacou que compreende a necessidade. “Colocar e tirar de novo é mais angústia. Dói, mas é preciso. Eles fizeram a coleta. Eu espero que seja feita justiça que concluía o inquérito. Agora é torcer para que o resultado saia logo e acabe esse sofrimento”, explicou Ladilson.
Inicialmente a exumação estava marcada para o dia 20 de julho, mas foi adiada pelo IML. De acordo com a coordenadora do Instituto, Estael Rejane, o adiamento se deu por conta da ampla divulgação do caso pela imprensa, o que poderia atrapalhar os trabalhos da equipe de peritos, por isso neste sábado tudo ocorreu em sigilo.
Caso Luane
Luane Caroline morreu no dia 16 de abril de 2012. Consta no Boletim de Ocorrência, registrado pelos pais da criança, que o médico Rodrigo Chahine foi negligente no atendimento dado a menina. No documento há também informações de que um técnico de enfermagem teria cometido um erro e aplicado óleo mineral na veia da criança, versão que na época foi contestada pela equipe técnica de enfermagem, que prestou depoimento ainda ano passado.
A denúncia também foi feita no Ministério Publico do Estado e no Conselho Regional de Medicina, mas nenhuma resposta chegou a ser dada a família.
Notapajós
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