quarta-feira, 5 de junho de 2019

HOJE FAZ 1 ANO QUE A LANCHA VELOZ NAUFRAGOU NA PONTA DO DO URUBU NO TRECHO SANTARÉM-SANTANA DO TAPARÁ. FILHA DA DONA MARIA EURIDICE, 72 ANOS, QUE ESTÁ ATÉ HOJE DENTRO DA LANCHA NO FUNDO DO RIO, ACIONA O BLOG PARA MOSTRAR SUA INDIGNAÇÃO E DESCONTENTAMENTO COM O DESCASO DO EMPRESÁRIO HILÁRIO COIMBRA (PROPRIETÁRIO DA LANCHA) COM A SITUAÇÃO E COM OS FAMILIARES QUE ATÉ HOJE NÃO PUDERAM SEPULTAR E NEM VELAR O CORPO DA MÃE DE FORMA DIGNA E RESPEITÁVEL. QUEREMOS JUSTIÇA!

Corpo da passageira nunca foi resgatada de dentro da lancha que está no fundo do rio

Olá JK. Há um ano, minha mãe Maria Euridice foi vítima de um naufrágio no percurso do trecho Santarém-Santana do Tapará. O acidente ocorreu na localidade de Ponta do Urubu após uma tempestade em que o comandante da Lancha Veloz, empresa responsável pelo serviço prestado, foi imprudente ao continuar a viagem apesar do mau tempo.

Externar a dor da perda e a insatisfação e descontentamento diante da carência de providências do poder público assim como o descaso do empresário Hilário Coimbra com a situação e com os familiares é desgastante e irreparável. No entanto, seguimos buscando justiça uma vez que os planos de resgate e retirada da lancha no interior do Rio Amazonas foram ineficazes e não concluídos.

Recordo de minha mãe, uma mulher ativa de 72 anos de idade, com a beleza e exemplo de ser humano que sempre foi. Guerreira, trabalhadora, honesta e corajosa, ela nos deixou um legado importantíssimo e isso nunca será esquecido por todos os que a amavam. Seus gestos de carinho estão enraizados em nós e somos muito gratos por tudo, por tanto!

Conversávamos habitualmente e com frequência, eu costumava pedir sua benção. No dia anterior de seu desaparecimento (04/06/2018) falávamos felizes ao telefone sem imaginar que seria a última vez. E no dia 05 de junho do ano passado, como de costume, acordei cedo, preparei o café da manhã e saí par buscá-la. Chovia bastante. Ao chegar no porto hidroviário fui surpreendida com a notícia do náufrago da embarcação em que ela estava e do sumiço de dois passageiros. Incrédula, me agarrei a esperança de encontrá-la viva. Porém, esta possibilidade se desfazia à medida que o tempo passava e nenhuma informação positiva e concreta chegava...

Em função das circunstâncias não realizamos seu sepultamento nem velamos seu corpo, de forma digna e respeitável. Desse modo, recorremos aos meios legais e midiáticos para tão logo, obteremos agilidade e respostas concretas. Nossa aflição e angústia perdura um ano e clamamos a legitimidade de nossos direitos neste caso em memória de Maria Euridice da Silva Tárrio.

Rosalva S. Tarrio, filha

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