terça-feira, 24 de maio de 2011

O poeta do Tapajós

Gnomos e duendes em nós

Cá estou, novamente, entre livros e palavras...
Labirintos intrincados de colmeias,
Pensamentos surreais em profusão!
Esta confusão de signos deixa-me confuso:
É um abuso criarem tantas regras e
Deixarem de lado o mundo das ideias!

Navego sentado..., a cabeça num turbilhão,
Voando a um milhão de anos luzes,
Mesmo assim sou um sedentário,
Obeso, preso num mundo imaginário!

Se me misturo à turba, sinto-me solitário...
Se recluso no meu quarto, sinto-me livre
Como pássaro no seu habitat natural...
Dizem-me: - essa clausura só te faz mal!

Só sei que essa gente não me entende!
Como duendes ou gnomos, uso a força
Do pensamento para me desmaterializar
Ou me transformar em luz
E vagar sobre a terra, o espaço sideral,
As matas, as campinas e o mar.

Talvez o ocultista e escritor Geoffrey Hodson
Possa melhor me explicar...
Meu mundo é este... sou da natureza
Ou a própria natureza!
Por isto, não me estranhe ao me ver
Cantar, poetizar, chorar a devastação!
Rir ao vento, como a palha da palmeira...
Adorar o dourado do pôr-do-sol...
Aberto às boas vibrações como o girassol!

De sonhos e brincadeiras posso até viver,
Mas, há um mundo encantado dos duendes
Dentro de cada um de nós.
Conecto-o, escrevendo sentado nesta cadeira...
É minha maneira de desatar meus cegos nós.

Do Advogado poeta e amigo Paulo Paixão

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