Céu escarlate
Às vezes penso, tenso, que o homem,
Soberbo, orgulhoso, narcisista, qual
Anjos decaídos..., desprezou o Verbo.
Disse o poeta: o crepúsculo está coalhado de sangue...
E está mesmo! A esmo e escondido dos cínicos
Ainda contemplo as estrelas, o dourado das tardes
Ventosas, as asas sempre acuadas... e cada vez
Mais escassas...
Faço-o, correndo o risco de ser escandalizado...
Se o ocaso está coalhado de sangue,
O verde está desbotado de sede,
A sede do poder, a sede do domínio...
As ruas e o chão estão coalhados de sangue
A Terra, desvalida de sangue coagulado...
O mínimo do mínimo faço, através dos versos,
Que alguns verão ou ouvirão,
E depois cuspirão praguejando...
Às vezes penso, tenso, que o homem,
Soberbo, orgulhoso, narcisista, qual
Anjos decaídos..., desprezou o Verbo.
Será se já chegou a hora?
Ora, tudo indica que sim!
A mim está claro como a mais angustiante
Clarividência!
Demência de poeta velho, dizem uns...
Exagero – dizem outros – esse louco
Fala demais!
Cultivo cultura e vivo pra cultuar
O que a humanidade, na sua insanidade,
Debocha, apaga a tocha da mais
Pura verdade...: a ruína da soberba humana!
O céu está escarlate... Não mais
Pro deleite da arte, mas, pro quebra-cabeça
Das inteligências da cibernética, fechados
Nos seus leitores, cuidando dos seus monstrengos e
Dos seus diabretes alados...
Mas, o que fazer? Escrevo versos nus
Com tom visível de ingenuidade.
Vou para os campos colher flores
E para a praia contemplar o mar azul,
Ouvir o bramido das suas vagas
E sentir os odores dos amores
Que um velho pescador
Cria, por ser induzido a criá-los,
Em face do fascínio à imensidão
E o doce gosto da irrealidade!
Do meu amigo e poeta Paulo Paixão
Às vezes penso, tenso, que o homem,
Soberbo, orgulhoso, narcisista, qual
Anjos decaídos..., desprezou o Verbo.
Disse o poeta: o crepúsculo está coalhado de sangue...
E está mesmo! A esmo e escondido dos cínicos
Ainda contemplo as estrelas, o dourado das tardes
Ventosas, as asas sempre acuadas... e cada vez
Mais escassas...
Faço-o, correndo o risco de ser escandalizado...
Se o ocaso está coalhado de sangue,
O verde está desbotado de sede,
A sede do poder, a sede do domínio...
As ruas e o chão estão coalhados de sangue
A Terra, desvalida de sangue coagulado...
O mínimo do mínimo faço, através dos versos,
Que alguns verão ou ouvirão,
E depois cuspirão praguejando...
Às vezes penso, tenso, que o homem,
Soberbo, orgulhoso, narcisista, qual
Anjos decaídos..., desprezou o Verbo.
Será se já chegou a hora?
Ora, tudo indica que sim!
A mim está claro como a mais angustiante
Clarividência!
Demência de poeta velho, dizem uns...
Exagero – dizem outros – esse louco
Fala demais!
Cultivo cultura e vivo pra cultuar
O que a humanidade, na sua insanidade,
Debocha, apaga a tocha da mais
Pura verdade...: a ruína da soberba humana!
O céu está escarlate... Não mais
Pro deleite da arte, mas, pro quebra-cabeça
Das inteligências da cibernética, fechados
Nos seus leitores, cuidando dos seus monstrengos e
Dos seus diabretes alados...
Mas, o que fazer? Escrevo versos nus
Com tom visível de ingenuidade.
Vou para os campos colher flores
E para a praia contemplar o mar azul,
Ouvir o bramido das suas vagas
E sentir os odores dos amores
Que um velho pescador
Cria, por ser induzido a criá-los,
Em face do fascínio à imensidão
E o doce gosto da irrealidade!
Do meu amigo e poeta Paulo Paixão
Nenhum comentário:
Postar um comentário