segunda-feira, 18 de julho de 2011

POVO SE REVOLTA CONTRA A CAPITANIA EM ITAITUBA

Fé, canto de protestos, vaias, criticas. Procissão de fé ou movimento de sindicalistas? Esse foi o triste cenário criado com a presença de homens da Marinha (Capitania dos Portos de Santarém) que não permitiram o acesso dos fiéis que se preparavam para acompanhar o tradicional Círio Fluvial de Senhora de Santana, previsto para a tarde de sábado, dia 16, com saída do Porto da Balsa.

Com rigor, os homens da Capitania dos Portos alertavam, que se a balsa ficasse superlotada a empresa Rodonave iria ser multada (fato que aconteceu no ano passado). Com a fiscalização, nem mesmo os barcos que tradicionalmente prestam suas homenagens a Santa Padroeira de Itaituba também se fizeram presentes.

Havia mais de duas mil pessoas que não arredaram pé nem mesmo com forte chuva e temporal, mas os agentes de fiscalização determinaram que apenas 170 pessoas poderiam entrar no interior da balsa cedida pela empresa Rodonave para conduzir a imagem da Santa, padroeira de Itaituba. O andor chegou a entrar na balsa, mas momentos antes do início da procissão os fiéis entoando refrão “Povo unido jamais será vencido, tira, tira!”, forçaram a saída da Santa, já que mais de 80% dos fiéis presentes iriam ficar de fora da procissão.
 
Dona Benedita ficou revoltada por não poder mais uma vez acompanhar procissão fluvial aonde iria pagar promessa

Não tendo outra alternativa, tendo em vista o clima tenso que já estava formado, um dos coordenadores do evento religioso, Patrik Souza, usando do bom senso e em respeito a religiosidade dos milhares de catótilicos presentes resolveu improvisar uma romaria terrestre, com a procissão seguindo até a Igreja Redonda, no Bairro Bela Vista, onde ali foi celebrada Missa especial.

Ao Jornal O Impacto uma das mais fiéis seguidoras da procissão disse estar triste e desapontada com tudo que ocorreu. ”Sempre participei do Círio Fluvial, hoje queria pagar uma promessa à Santa, mas fui impedida por causa da bagunça ocorrida, já que a Marinha não deveria ter agido com tanta dureza nesse tipo de ação, por se tratar de uma festa religiosa do povo Itaitubense”, disse.
 
Andor com imagem da Santa teve que ser retirado da Balsa

Após vários anos de ter sido iniciada, esse foi o primeiro episódio onde não houve a procissão Fluvial, que inclusive já era considerada uma grande atração turística, com direito a premiação para o barco com a melhor decoração em homenagem à Senhora Santana (e não Nossa Senhora, como erroneamente alguns ainda grifam). Quanto aos culpados, as opiniões se dividem, mas todos concordam que foi um grande desrespeito à numerosa comunidade católica privada de acompanhar da procissão fluvial deste ano.

RG 15

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