domingo, 11 de setembro de 2011

CASO DO MOTEL: MATADOR DE JOELSON TEM SILÊNCIO QUEBRADO

Apresentado pela Polícia Civil junto com Savana Natália Barbosa da Cruz como sendo o executor do técnico Joelson Ramos, Raimundo Nonato Ferreira dos Santos, o Maranhão, se manteve calado durante a apresentação à imprensa e até hoje ninguém tinha tido acesso ao que disse em depoimento, mesmo depois de uma entrevista exclusiva da Savana à RBATV revelando os bastidores da trama diabólica que ceifou a vida do técnico em um dos crimes mais cruéis dos últimos 30 anos.

Na semana passada, o advogado de defesa de Raimundo Nonato, entrevistado por uma rede de televisão, acusou policiais civis de torturar o acusado para obter a confissão dele quando foi preso na cidade de Novo Repartimento, região sudeste do Pará.

Novamente o DIÁRIO, com exclusividade, conseguiu o depoimento de Raimundo Nonato durante o auto de qualificação e interrogatório perante o delegado Luís Guilherme Navarro Xavier, da Divisão de Homicídios. Precisamente às 22h53 do dia 11 de agosto passado, Raimundo foi preso e transferido para Belém.

Na sequência, o leitor do DIÁRIO vai ter ideia de toda a trama que culminou com a execução, esquartejamento e ocultação do cadáver do vigilante Joelson Ramos, fato ocorrido no dia 10 de julho de 2011, no quarto 405 da pousada Colonial, no bairro da Guanabara, em Ananindeua.


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ATRAÇÃO FATAL

Raimundo Nonato disse ao delegado Luís Xavier que conheceu Savana Natália no mês de setembro do ano passado, quando ela trabalhava em um supermercado na cidade de Itaituba, no Pará. Ele era mototaxista. A atração entre os dois foi fatal.

Nonato era casado com dois filhos. Logo se separou da esposa e passou a viver um intenso romance com Natália e, para facilitar as coisas, o casal apaixonado viajou para Araguaína, no Estado do Tocantins, onde conseguiu emprego de motorista em uma empresa, enquanto Savana se ocupava apenas com os afazeres domésticos.

Durante dois meses, o casal viveu uma intensa lua-de-mel, até Raimundo Nonato se envolver com outra mulher na cidade de Araguaína. O fato chegou ao conhecimento de Savana, que ameaçava matar a rival caso continuasse a investir no relacionamento com Nonato.


OS ANDARILHOS

A Polícia Civil do Pará chegou à conclusão de que o casal Raimundo Nonato e Savana Natália viajava mais que turista em época de alta temporada. Depois de ameaçar a rival em Araguaína, o casal decidiu se deslocar para a cidade de Macapá, no Estado do Amapá, onde Savana dizia possuir parentes. Lá, permaneceram por um mês até migrarem para Santa Isabel do Pará em abril deste ano.

“Quando nós chegamos a Santa Isabel, fomos vender espetinhos e logo depois arranjei emprego no bar Escritório, trabalhando na cozinha junto com Savana”, disse Raimundo Nonato em depoimento. Réu confesso no assassinato de Joelson e o modo como foi praticado, o delegado Luís Xavier perguntou se ele tinha trabalhado como açougueiro ou escarnador. Raimundo respondeu que trabalhou cortando frango e carne por um ano em Itaituba.

DUPLA RELACÃO

Savana Natália queria um homem só para ela, mas queria ser de dois homens. Isto ficou claro no depoimento de Raimundo Nonato, que, questionado se sabia do relacionamento dela com Joelson Ramos, ele disse que sim, no entanto revelou a sua disposição em romper com ela caso continuasse com o técnico, mas a ambição falou mais alto.

Nonato ficou sabendo que Savana tinha pedido R$ 500,00 de Joelson Ramos com a desculpa de que viria até Belém para ficar em sua companhia. “Era fácil tirar dinheiro dele. Tudo que ela dissesse ele acreditaria, pois era doido por ela”, revelou Nonato à polícia.

Já morando em Santa Izabel, Savana e Raimundo continuaram com a ideia de tirarem vantagem em cima de Joelson. Surge, então, o plano para convencê-lo a montar um negócio em Macapá, utilizando como forma o dinheiro da indenização da vítima.

DOL

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