terça-feira, 22 de novembro de 2011

COMPARAR O POVO SOFRIDO DO TAPAJÓS COM TACACÁ E MANIÇOBA E PETULÂNCIA DE UM POVO MESQUINHO E EGOÍSTA

 
A propaganda do plebiscito, sobre a criação dos novos estados, na televisão e rádio, começou a mudar o cenário e despertar o eleitor em todo o estado, nesse primeiro momento já dá para perceber que o conteúdo da turma do ‘SIM’ é bem melhor.

Ouvindo a propaganda da turma do ‘NÃO’ no rádio, cheguei a ter um ataque de riso, pela garrafada veropesiana feita pelos marketeiros, manjados pelas presepadas da recente campanha que elegeu Simão Jatene, se dizendo a solução do Pará... putz!

Da mesma maneira, com a mesma galhofagem, característica dos Di’Belém, eles tratam da nossa desgraça, como se nossa dor, nossa falta de assistência, nosso abandono, fosse possível comparar com uma panela de maniçoba ou uma cuia de tacacá.

Claro! Os Di’Belém, olham para as regiões mais distantes do Estado, como uma grande penelona de maniçoba, mas que por ter algum sabor, ninguém divide, é só deles, só eles podem se empanturrarem da tal guloseima paraense e o resto que morra de fome.

Tratando de um assunto tão sério, impunham um humor lambanceiro, de gente gulosa, típico menino do buchão de olhão esbugalhado berrando: "Não e Não!", olhando para nós como ‘merda de gado’ mascarado pelo prato feio de maniva cozida com ingredientes de feijoada.

Podem nos comparar como tacacá, podem nos avacalhar como um rabo de porco enfiado no melado escuro, de aparência esterca da maniçoba de vocês, mas não vamos perder nossa dignidade e nem nossa indignação pela incompetência de vocês.

Comparar nossa gente, nossos problemas centenários com maniçoba ou tacacá demonstra claramente a pretensão de vocês em querer manter este parazão, grande e injusto, burro e feio, e que só serve para ser comido por vocês.

Não somos cuia de tacacá com aparência de espermatozóide com urina e nem maniçoba que é o retrato escarrado da ‘bosta’ dos mamíferos, artiodáctilos e ruminantes. Somos na verdade um povo humilhado e desprezado por ladrões inescrupulosos.

O que queremos, é ver soluções para esse abandono, ouvir de vocês, projetos de encurtamento da distância entre o governo de Belém e população do Pará longínquo, e não essa palhaçada irritante da republica do açaí grosso com doença de chagas.

Respeitem a gente, por que estamos lutando para nos livrarmos de vocês, ambiciosos e injustos e ridículos, tão ridículos que chagam a nos comparar com maniçoba ou com o tacacá que custa o olho da cara aí na capital do estado de vocês.

Exigimos que nos dêem soluções para nossos problemas e não palhaçada dos caboclos, porres do Ver-o-peso. O Pará não se resume num mercado de peixes e urubus, hoje infelizmente ele é assim, mas vamos dividir por que não concordamos com isso.

Foi esse olhar burro do Pará, que condenou nosso Estado a essa situação de degradação e injustiça da atualidade. O que estamos tentando é consertar esses anos todos de erros, pois este Pará não poderia nem ter nascido desse tamanho, pois já nasceu obeso e lerdo.
 
Nelson Vinencci - jornalista e cantor

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