Na ultima quarta-feira, 18, organizações sociais e ativistas realizaram uma ação direta no Xingu em protesto a primeira ensecadeira no rio (barramento provisório que permitirá a construção do paredão de Belo Monte). A ação foi realizada logo após a denuncia dos índios Arara, que moram logo abaixo da ensecadeira, de que as águas do rio Xingu – cuja águas usam para tudo – estavam enlameadas e impróprias para o consumo.
Paralisaram todo o trabalho após conversas com os operários que apenas filmavam o acontecido e aproveitaram a oportunidade para “ver de perto” o estrago ambiental que a empresa Norte Energia iniciou com o desmatamento de 15 mil hectares ( o equivalente a 15 mil campos de futebol) autorizados pelo IBAMA.
Antonia Melo, coordenadora do Movimento Xingu Vivo para Sempre disse que aquela manifestação era apenas simbólica. Paralisaram apenas por uma hora os trabalhos na barragem, mas, garante que outras ações virão afirmando que a água já está poluída e o desmatamento não tem tamanho. E que estão prontos para uma guerra “pelo nosso rio, pela nossa gente, pela nossa vida”.
Enquanto isso, no “Palácio da Justiça”, correm 13 ações por crimes envolvendo a “Belo Monstro” como está sendo chamada a Belo Monte.
Gerciene Belo, com Informações do Comitê Xingu Vivo Para Sempre
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