Até o início dos anos 2000 o carnaval de Alter do Chão era uma festa simplória. Bem ao estilo caboclo, como nos carnavais do passado. As pessoas se reuniam na rua, em blocos de mascarados, e a folia ganhava consistência dentro de uma perspectiva de pequenas proporções.
Doze anos atrás quando o poder público resolveu se irmanar com a comunidade de Alter do Chão, a ideia era a de dar peso turístico ao evento. Para isso, ficava descartada qualquer tipo de publicidade doméstica da festividade. Ou seja, a intenção era chamar a atenção do público externo, daquele que queria experimentar algo diferente numa época tão tumultuada.
O que se vê nos últimos tempos, em Alter do Chão, é a presença da propaganda em cima do público local. Os serviços de transporte foram estimulados a dar conta da demanda, além da facilidade dos veículos de duas rodas em chegarem até o local.
Lá no início a intenção era estimular o carnaval de Santarém, como medida a dar assistência ao público de Santarém, que teria um suporte para atendê-lo no período.
Os dois deveriam ocorrer concomitantemente.
Do jeito que está, com um quadro de superlotação, dá para estimular a vinda de turistas de outros pontos do país? O perfil que foi criado está mais voltado para o público jovem. O Carnalter, como o evento passou a ser chamado, tem condições de ser trabalhado dentro do ponto de vista do turismo? Essas são perguntas que temos que fazer para não criarmos ilusões em cima do entendimento de nossos visitantes.
Emanuel Júlio em Santarém em Conexão
Nenhum comentário:
Postar um comentário