sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O POETA DO TAPAJÓS

Poema genial

Não me basta encheres teus
Poemas de palavras sutis, vazias,
Enigmáticas, efêmeras, pois, não me
Dizem nada... São como adorno numa casa
Sem alma, sem calor humano...
Tuas metáforas são taças finíssimas de vidro
Facilmente quebradiços...
Atrair-me é tua pretensão? Então, chega de
Aleivosias e joguetes com as palavras...
Poesia é uma mulher tão bela quanto sábia!
Faz versos inteiriços, completos em forma
E conteúdo, contudo, desenha, sim, uma mulher
Linda e delicada e a destaca na ala das musas
E fadas e que tenha bom senso em seus atos e
Na sua fala, do contrário, teus versos serão
Passageiros, levianos, voláteis como gases...
Serão ditos supérfluos, pífios, fugazes...
Não, não transmitem nenhuma mensagem,
Ainda que grã-finos e leves como a neve...
Poesia é arte que delicia a alma e o coração.
Exige do seu artesão: maestria, inspiração,
Criatividade, sensibilidade, domínio musical e
Sabedoria. É uma iguaria feita na medida certa:
Bom-gosto, segredo no tempero, nem muito nem
Pouco sal... Pronto! Está criado um poema genial!

Paulo Paixão, o poeta do Tapajós

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