terça-feira, 10 de julho de 2012

GINCANA DO MASCOTINHO: QUEM NÃO SE LEMBRA DO "OS SIMPSONS"

Quem não é de Santarém e ler o título desta postagem vai achar que se trata de uma alusão a Família de Springfield/USA, até faz, mas...

O negocio é o seguinte, antigamente, não vou falar em datas pra não deixar algumas amigas descontentes (kkkkkkk...), havia em Santarém (também conhecida como a Cidade do “Já Teve”), um evento chamado de “Gincana de Férias”. Como o próprio nome diz, tratava-se de uma gincana, dessas que comumente se vê em Colégios, o diferencial se deu com o crescimento das equipes que dela participavam que, de tão grandes, chegaram a literalmente parar Santarém nos três dias de disputas.

Tudo começou quando o Carlos Meschedes, o Beto Vinholte e a Graça Gonçalves idealizaram um evento para agitar as férias de julho em Santarém e, de quebra, dar um impulso na frequência do Bar Mascote.

Inicialmente, digamos, na primeira fase, as equipes eram formadas por jovens santarenos, que estudavam em Belém (geralmente se preparando para o vestibular), e alguns que escolheram permanecer em Santarém (via de regra, trabalhando nos negócios da família). Era um evento animado, mas despretensioso, que envolvia, digamos assim, apenas a classe mais privilegiada da cidade.

O negócio começou a mudar com o surgimento dos “Simpsons”, equipe formada em sua grande maioria de “Mauricinhos” e “Patricinhas” e, principalmente, dos “Caça-Fantasmas”, formada por uma galera totalmente oposta.

Com um apelo popular, os “Caça-Fantasmas” cresceram de tal forma, que forçaram a organização do evento a mudar de local, passando a realizá-lo na Praça do Mascotinho, o outro estabelecimento do grupo.

Nos 03 primeiros anos, no novo local, não teve pra ninguém, os “Caças-Fantasmas” foram tri-campeões com um pé nas costas. As derrotas foram tão acachapantes que levaram alguns membros dos “Simpsons” a discutirem uma forma de acabar com essa superioridade esmagadora. Assim, em pleno Festival Folclórico de Parintins, surgiu a ideia de criar uma equipe com a mesma força popular, surgindo assim a “Yaçanã”. Já no primeiro ano, comandada por mim, Pery Prado, Wellington e Washington Queiroz, Sil, e apresentado pela radialista Lígia Mônica, a “Yaçanã” não só derrotou os “Caças” como se tornou a primeira super equipe, como mais de 1.000 brincantes.

Infelizmente, no ano seguinte, divergências internas deram a chance aos “Caças” retomarem o título. Foi o último ano da “Yaçanã”.

Com o desparecimento da “Yaçanã”, os “Simpsons” voltaram com toda força. Aproveitando a estrutura e, principalmente, acolhendo um novo tipo de brincante, a equipe perdeu o estereótipo de burguesa e passou a conquistar adeptos inclusive nos bairros mais afastados, como Santarenzinho e Nova República.

Foram os anos de glória da Gincana de Férias e dos “Simpsons”, que finalmente ganharam força para disputar em pé de igualdade com os “Caça-Fantasmas”.

Novas lideranças surgiram, como o Alexandre Duarte, Ricardo (fundador), Karen Carneiro (que mesmo sendo fundadora, nunca havia se envolvido tão diretamente), Nanda Farias, Rosiléa Cavalcante (minha irmã), Alexandre Escher (quem não lembra das festas do Escher Clube – a piscina da casa da família dele), Breno e Diogo Marques, Andréia Almeida, Marli e Andréia Barbosa (da Shock), Arlindo, Diogo Vasconcelos, Gil Von, Léo, Júnior Castanho, Toninho (cabeludo), Eder (Ederina), Érica e muitos outros que peço desculpas por não os citar, mas que foram igualmente importantes.

Nas minhas contas, os “Simpsons” ganharam mais vezes que os “Caças-Fantasmas” (confesso que posso estar enganado), contudo, o importante é que foram dias de muitas alegrias e que, pelo menos pra mim, trouxeram grande ensinamento, que carrego até hoje, como liderança, capacidade de negociação, improviso, atuação em crises e, principalmente, aprender a tomar cerveja em um prato usando apenas uma colher (essa não me serviu pra nada, mas sempre me faz lembrar que tomar cerveja de cabeça baixa dá um porre desgraçado...kkkkkkkkkkk, principalmente durante o treino), prova que venci.

Rendo ainda minhas homenagens aos meus grandes rivais na Gincana: Dos “Caça-Fantasmas”, Claiton, Júnior, Ratinho (que depois nós cooptamos), Marcelo Corrêa, Giovani, Marcelo Gama (Sapulha), Márcia Lima, Francis Moura, Alessandro e Marcelo Rates, George Calderaro, Osvaldo (Casca), Arlen Marcelo e tantos outros. Da “Urbana”, Frank Colares (in memorian), Leina Cecília e Wanderlan Freire. Todos rivais, nunca inimigos (mesmo que algumas vezes o pau tenha quebrado... kkkkkkkkkk).

Infelizmente, os jovens de hoje apreciam mais o mundo virtual do que o real, certamente, iriam gostar de ter amizades forjadas com laços tão fortes.

Quem sabe em breve não consigamos reunir essa turma pra curtirmos as boas lembranças.

Lembrar das coisas boas, também faz parte do melhor da vida.

Um comentário:

  1. Nilson Farias da Silva11 de julho de 2012 às 07:47

    Um reparo às lembranças do André Cavalcante: a Gincana do Mascote/Mascotinho (que começou no Mascotão) não teve o Beto Vinholte e nem Graça Gonçalves como fundadores. Eles foram agregados bem posteriormente. Sequer viram o Djalma Vasconcelos comer uma gamela de macarrão, o Luiz Simões devorar mais de dois quilos de pão, o velho Bandelack (Compadre Sapuril) dançar rock com a Professora Helena ou as 'meninas' da Mariazinha fazerem doação de toadas, lençóis, fronhas e roupas para o asilo São Vicente de Paula. Espero também ter resgatado uma parte dessa boa memória. Nilson Silva, representante comercial, viajante e frequentador do Bar Mascote há mais de trinta anos.

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