O juiz Marco Antonio Lobo Castelo Branco, da 2ª Vara da capital, determinou, nesta quinta-feira (9), que os onze sindicatos da saúde, em greve em Belém desde o último dia 2, suspendam o movimento em até 24 horas.
Se a decisão for novamente descumprida, já que há uma semana o juiz declarou a abusividade da greve, Marco Antonio Castelo Branco pede que os 11 presidentes dos sindicatos dos médicos, que estão envolvidos com a greve, sejam conduzidos a uma delegacia de polícia onde será lavrado TCO (Termo Circunstancial de Ocorrência) por desobediência.
'É injustificável a renitência dos réus em desobedecer a ordem judicial. Pelo que se verifica, não se trata apenas de descumprimento de decisão liminar, mas de pouco caso com o judiciário e ao respeito entre os poderes que justificam o Estado democrático de direito', disse o magistrado.
O juiz chama ainda atenção para o risco que a greve traz à sociedade. 'Reconheço as dificuldades enfrentadas pelos servidores da saúde do município, mas também reconheço que qualquer dano causado pela paralisação será irreversível', afirmou.
Entenda - Na última terça-feira (7), após várias horas de discussão com a Prefeitura de Belém sobre a situação dos médicos do município, a categoria e a Prefeitura entraram em um acordo em 13 dos 14 ítens da pauta de reivindicações.
Mas, para que a greve pudesse encerrar, a categoria impos mais uma condição: 'Queremos que eles retirem a ação judicial contra nós em relação à abusividade da greve. Se isso também entrar no acordo, a greve encerra', explicou João Gouveia, diretor do Sindmepa (Sindicado dos Médicos do Pará).
ORM
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