Bom dia JK, gostaria de fazer uma denuncia sobre a falta de responsabilidade e compromisso com os pacientes do hospital municipal. Meu sobrinho esta internado há uma semana com pneumonia. Iniciou tratamento com oxacilina e ceftriaxona; no 3º dia informaram ao meu irmão que havia faltado a ceftriaxona na instituição, assim ele teve que providenciar por conta própria o medicamento. Porem, por segurança do tratamento a médica trocou por cefepime. No 5º dia de internação, mais uma surpresa. Avisaram que acabou a oxacilina, e mais uma vez meu irmão teve que comprar para não interromper o tratamento.
Eu moro em Manaus e mandamos via avião mais 20 frascos de oxacilina no dia 15 (ontem); hoje dia 16, informaram a falta da cefepime. Vale ressaltar que todas essas medicações são antibióticos. Nós, graças a Deus, temos condições de comprar, porem a cefepime não tem em farmácia alguma, além de ser de difícil acesso. Mas e os outros pacientes? Me vem a seguinte duvida: de quem é a responsabilidade? Do governo federal que o ministro da saúde conhece muito bem Santarém, diz estar fazendo grandes investimentos na saúde, inclusive sufocando planos particulares para sobrecarregar o SUS? Do governo estadual que não repassa os supostos investimentos às prefeituras? Das prefeituras, que preocupadas com politicagens locais, esquecem de dar a devida atenção a saúde? Dos hospitais, que com pensamento de que tudo que é gratuito, não respeitam seus pacientes como deveriam, por acharem que estes "em nada contribuíram financeiramente"? Ou nossa, que acreditamos que as esferas aqui citadas receberão alguma ação punitiva, por desrespeitarem os que, verdadeiramente, contribuem para o funcionamento deste pais? Sinceramente não sei.
Meu relato, aqui exposto é apenas um desabafo de alguém que, vivenciando uma realidade nua e crua, não acredita nas milhares propagandas de crescimento deste país. Tenho certeza, portanto, que se não conduzirmo-nos para o respeito entre representantes e seus representados, o carnaval não ficará restrito apenas ao mês de fevereiro, e a fantasia de palhaços, essa sabemos muitos bem em quem cabe.
Assinado: Taciana Coelho
Lamento pelos usuários compulsórios da rede pública de saúde que têm que passar por estas humilhações. Infelizmente, a maior parte da população é leiga e nem se dá conta qdo seus direitos a esse atendimento são negligenciados. Sou profissional de saúde e fico horrorizada qdo vivencio a assistência à saúde naquele hospital. O setor de emergência é um depósito de gente com todo tipo de patologia, sem a correta triagem ou atendimento. Muitos ali já vêm dos postos de saúde, onde o profissional médico não existe ou não consegue atender à demanda existente e o profissional enfermeiro não é valorizado, sendo sobrecarregado de funções por causa disso, com o salário baixíssimo. Existe recursos financeiros sim, para mudar esse quadro. O que ocorre é a má gestão dos responsáveis, até com possíveis desvios para outras prioridades que não inclue a qualidade do atendimento de saúde pública. Saúde, educação e segurança deveriam ser prioridades na gestão de todo governo. O que é óbvio e quase ninguém enxerga, é que governo tb faz parte da sociedade, e negligenciando esses serviços essenciais, todo mundo será prejudicado de alguma forma. Faço coro à Taciana Coelho, o atendimento público da saúde é "maquiado" e superficial. E falando de maneira curta e grossa, o paciente humilde e leigo que necessita desse atendimento para sobreviver, tem que contar e muito, com a sorte também...
ResponderExcluir