Clube Recreativo Surubim
A intenção era muito boa, mas a lambança e principalmente a prepotência, levou a bancarrota a tentativa de reerguerem o Clube da Velha Sociedade Falida de Santarém, o famoso Clube Recreativo, a coqueluche elitista de outrora.
Em décadas passadas, o Clube Recreativo, na Praça da Matriz em Santarém, era frequentado pela fina flor da sociedade da cidade, pobres remediados, pávulos e mentirosos onde principalmente pobres, e mulheres solteiras eram barrados.
O Recreativo sempre ostentou um ar de pureza em seus sócios, quem frequentava o Clube Recreativo, era visto como uma espécie de ‘anjo social’, beldades, magnatas da era da imponência conservadora de Santarém, sentavam nas mesmas mesas naquele local distinto e sofisticado.
Mas o tempo muda como deve sempre mudar, e esta sociedade prosa e cheia de conceitos, quebrou, perdeu poder aquisitivo, para ser mais exato ‘faliu’, e aos poucos o Recreativo foi ficando abandonado, foram saindo de fininho até ficar o último que apagou a luz e trancou o portão com o cadeado na calada da noite sem ninguém ver.
Recente, por iniciativa de filhos dos velhos sócios, resolveram reescrever a estória de fama do Clube e fizeram uma reforma milionária na antiga sede e com uma regra imexível, pois não perderam a pavulagem. Só 100 sócios podem ter títulos do Clube.
Foi que no meio da reforma, acabou o dinheiro e correram para emprestar dinheiro. Bateram na porta de um empresário milionário que atua aqui no ramo de hotelaria há bastante tempo – começou a tragédia.
O empresário emprestou o dinheiro, terminaram a obra, mas agora parece que falta pagar o empréstimo, aí começou o drama. A diretoria se reuniu e aperta daqui, aperta dali, foi uma choradeira desgraçada, ninguém tinha dinheiro para juntar e quitar a dívida que a cada dia cresce.
Um dos 100 sócios mais abastados, após se deparar com 99 lisos e chorões, disse meio que resmungando para um amigo do peito que contou para nós: “EU PENSEI QUE ESSE CLUBE DOS 100, TIVESSE ALGUÉM COM DINHEIRO, MAS É TUDO IGUAL SURUBIM, LISO E SÓ PINTA”
Eu JK, tenho em minha triste lembrança e uma das piores do Clube Recreativo, narrada pela minha querida e saudosa mãe Rosilda Campos; quando vexatoriamente foi barrada pela pseuda sociedade aristocrática na porta desta sede há 40 anos atrás, "por ser pobre e não estar de acordo com as normas da medíocre sociedade daquela época, uma prática que querem agora reinventar, sou contra".
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