O jovem Kelven teve o pescoço cortado por uma linha de pipa, quando voltava para casa, no último final de semana e, por pouco, não morreu. Ele está internado.
“O meu filho sofreu um trauma muito grande no pescoço, passou por cirurgia. Em torno de quarenta pontos. Rompeu veias, músculo do pescoço. Talvez ele venha a ter alguma sequela com relação à movimentação do pescoço”, conta o pai dele, Deusdete Silva.
A brincadeira de empinar pipa ou papagaio é comum durante o período de férias escolares. Crianças se espalham pelas ruas. A competição para ver quem corta a linha do brinquedo do outro só é possível quando é colocado cerol (mistura de cola com vidro moído) para que a linha fique cada vez mais afiada. Prática esta que pode matar uma pessoa que entre em contato acidentalmente com a linha, principalmente os motociclistas.
Para tentar evitar casos como o de Kelvin, o Conselho Tutelar promete realizar esta semana uma ação para coibir a presença de menores nas ruas. Os pais serão orientados sobre a responsabilidade de colocar crianças em situação de risco.
“Sempre que houver, deste lazer que a criança ali estiver, ocasionar um acidente, vai ser avaliado. Vai ser encaminhado ao Ministério Público para que possa definir se realmente houve a intenção da criança ou adolescente cometer aquele acidente, se foi provocado ou se não foi, os pais serão advertidos”, informou o conselheiro tutelar, Azomar Jati.
Os órgãos de segurança orientam que as crianças e, até mesmo os adultos que praticam a brincadeira, empinar pipas em locais abertos, longe de fios de energia e longe do trânsito.
Notapajós
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