Uma sessão realizada na Câmara Municipal de Santarém, na manhã de terça-feira, 30, debateu a Saúde Pública, na Região Oeste do Pará. Apenas Santarém participou, enquanto que representantes dos 19 municípios que integram o Oeste do Pará não compareceram para justificar o esquema conhecido como “Máfia do TFD”.
De acordo com o membro da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Santarém, vereador Paulo Gasolina (DEM), a denúncia veio à tona há cerca de dois meses com relação a ação da máfia, inclusive com matérias jornalísticas publicadas no próprio Jornal o Impacto. Para ele, a denúncia já está tendo reflexos positivos.
“Estivemos em conversa com o representante da Sespa, quando esteve na Câmara. Ele determinou que todos os municípios mandassem os seus pacientes para Santarém com o Tratamento Fora de Domicilio (TFD) e uma ajuda de R$ 520,00 por pessoa”, lembra.
O vereador Paulo gasolina adianta que vai entrar com uma ação, apoiado por todos os demais vereadores e todas as secretarias de saúde, no Ministério Público Federal (MPF) denunciando a “Máfia do TFD”.
“Existem certas pessoas irresponsáveis, imorais que pegam pacientes de outros municípios, aliciam eles e colocam como se fosse moradores de Santarém, para o atendimento da saúde. Ora, o recurso para essa área em Santarém, vem de acordo com o número de habitantes feito através do censo do IBGE, onde são 300 mil pessoas”, explica Paulo Gasolina.
Ele reafirma que é através do número de habitantes que o Governo Federal faz o cálculo para repassar o recurso para a saúde pública, no Município. “Detectamos que no Hospital Municipal tanto nos leitos feminino quanto no masculino cerca de 80%, são ocupados por pessoas de outros municípios”, observa Paulo Gasolina, advertindo que se a maioria não tiver o TFD fica difícil fazer o atendimento a todas as pessoas que vem de outros municípios para Santarém.
“A denúncia que fizemos está surtindo efeito. Agora vamos para o MPF, para que com esses documentos que temos em mãos, inclusive, já repassado a limpo, possamos pedir ao Ministério Público, para que convoque a Polícia Federal, para que faça uma investigação mais precisa sobre a ‘Máfia do TFD’, ou seja, essas pessoas que pegam, aliciam o paciente de outros municípios para que Santarém possa atender sem o ressarcimento dos médicos que fazem o serviço nesses pacientes”, expõe o Vereador.
SUS: A outra parte da saúde que está sendo discutido, segundo Paulo Gasolina, é para ver de que forma o SUS poderia pagar os médicos, a fim de que possam ter satisfação durante os serviços prestados à população. “É para que os médicos possam dar um atendimento mais humanizado à população santarena e as pessoas dos outros municípios”, argumentou o Vereador.
Em relação à “Máfia do TFD”, Paulo Gasolina explica que quando se fala da questão, não quer dizer que as pessoas que chegam à Santarém não serão atendidas. “É claro que serão atendidas, mas a partir do momento que começa o atendimento, o seu Município de origem terá que ser informado, para que a Prefeitura possa arcar com os serviços médicos prestados em Santarém”, cientifica.
Fonte: RG 15/O Impacto
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