Kelly Franco (detalhe) foi encontrada
morta com marcas nos dois braços
O laudo do Instituto de Criminalística do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPC) revelou que a jovem carioca Luiza Kelly Franco, de 22 anos, morreu vitima de overdose de Cocaína, aplicada na veia. Luiza foi encontrada morta no último domingo, 08, dentro de sua residência localizada no bairro do Diamantino, em Santarém, Oeste do Pará.
Após fazer a perícia de levantamento de local onde estava o cadáver, atendendo uma solicitação do delegado Jardel Guimarães, através do ofício nº 2629/2013, datado de 08/09/2013, da 16º Seccional Urbana de Santarém, peritos do CPC descreveram que encontraram o apartamento com grandes indícios de consumo de drogas, inclusive com recipientes para a mistura do entorpecente, para ser aplicado na veia.
Durante os exames no 2º cômodo, do 2º andar do imóvel residencial, situado na Travessa Turiano Meira, nº 2942, no bairro Diamantino, em Santarém, dentro do quarto e anexo banheiro e sanitário, os peritos constataram a presença de um cadáver, do sexo feminino, em posição de decúbio dorsal, membros superiores distendidos e abertos, membros inferiores distendidos e pés descalços, trajando camisa na cor azul claro e short (tipo calção) na cor verde, manchas de sangue e um par de sandálias havaiana.
Já no quarto de casal, na penteadeira foi encontrado um frasco adaptado para inalação e substância na cor branca. Por trás da penteadeira, os peritos encontraram seringas descartáveis de 100 cc ou 01 ml (de uso comum na aplicação de insulina), marca B-D.
Material recolhido pelo CPC e que foi usado
para injetar a droga
Ainda segundo os peritos, o cadáver apresentava manchas roxas nos membros superiores, dobra dos cotovelos e parte mediana dos braços, manchas de substancia hematóide no piso e parede frontal.
Já o exame laboratorial Toxicológico em Material Não Biológico revelou que o material colhido no local foi submetido a exames macroscópicos e reações químicas especificas, objetivando a pesquisa da substância química Benzoil Metil Ecgonina, conhecida como “Cocaína”. Após a análise em laboratório, os peritos confirmaram que se tratava de Cocaína.
Depois de concluírem todos os exames, os peritos destacaram que as evidencias encontradas no local deu resultado positivo para Cocaína (psicotrópico-entorpecente), no material coletado e analisado em laboratório de toxicologia forense. De acordo com o Laudo Pericial, presumiu-se que por via intravenosa ou endovenosa e via respiratória (inalação) da Cocaína, a vítima veio a óbito por suicídio, provocado por overdose. Porém, a causa mortis será definida pelo Exame Necroscópico, que está sendo realizado pelo médico legista da Regional de Pericias.
FATOS: Luiza Kelly Franco, de 22 anos, foi encontrada morta por volta de 5h, da manhã de domingo, 8, dentro do apartamento onde morava, em um condomínio localizado no bairro do Diamantino, em Santarém, Oeste do Pará. Informações colhidas através de nossa reportagem dão conta de que a jovem Luiza Franco participava de uma festa no local. De acordo com o delegado Luís Paixão, que preside o inquérito, as investigações continuam até ser elucidado o fato. Ele reforça que as informações obtidas no local onde ocorreu o óbito foram de que a vitima chegou ao imóvel na noite de sexta-feira, 06, onde ficou até a madrugada de sábado, 07, na companhia de um casal. “Eles consumiram drogas. Na madrugada quando a vítima usou droga com auxilio de seringa teria ocorrido o óbito. Após recebermos essas informações intimamos o casal para tomarmos o depoimento”, ressalta o Delegado.
“Ainda não temos o conhecimento se houve uma festa na casa da vitima. O que conseguimos através de informações é de que ela chegou na noite de sexta-feira na sua casa. Passou o dia de sábado e quando foi domingo, foi encontrada morta”, explicou Dr. Luís Paixão.
JOVEM ERA DO RIO DE JANEIRO: Luiza Kelly Franco tinha 22 anos, era natural de Arraial do Cabo – Rio de Janeiro, trabalhava em um hotel de Santarém e tinha um comportamento acima de qualquer suspeita. A moça postou no dia 10 de julho de 2012 no seu perfil do Facebook que estava com um relacionamento sério com um jovem e parecia feliz, gostava de música eletrônica, reggae e rock in roll. Para a maioria dos amigos. Luiza era uma pessoa perfeitamente normal, muito querida por colegas de trabalho, sempre sorridente e agradável com as pessoas, acima de qualquer suspeita para tal fatalidade.
Fonte: RG 15/O Impacto
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