Hippies provocam atos obscenos na
praia de Alter do Chão
Banhistas que estiveram no último fim de semana no balneário mais badalado da região Oeste do Pará, a Praia de Alter do Chão, o “Caribe Brasileiro”, reclamaram de atos obscenos provocados por hippies, que se apossaram da praça da Vila. Segundo um funcionário público que preferiu ter sua identidade preservada, na semana retrasada duas mulheres praticaram atos obscenos ao se beijarem dentro da água, na Praia do Cajueiro, em frente a um grupo de crianças.
Perplexas com o ato libidinoso, as crianças correram para próxima aos seus pais e interrogaram se o que haviam acabado de ver era normal. Depois de verificar a cena de amor entre as hippies, a mãe de uma criança pediu ajuda a Polícia.
“Não tenho preconceito com nada, mas acredito que elas (as hippies) deveriam ter momentos de carinho e um lugar não público e longe de crianças. Da forma como o ato aconteceu, as hippies podem influenciar na sexualidade das crianças”, disse a mãe de uma criança. Ela presenciou a cena de amor das hippies, na Praia do Cajueiro, em Alter do Chão.
Também na semana passada, diversas famílias se encontravam na Praia do Cajueiro, quando dois hippies chegaram, tiraram suas calças e ficaram só de cuecas, ocasião em que entraram na água para tomar banho. Ao saírem da água, estavam praticamente nus, pois suas cuecas eram transparentes e mostravam as partes íntimas. No local estavam diversas crianças. Um pai indignado ainda tentou avançar para tomar satisfações, mas foi contido por sua esposa. “A gente não pode mais vir a Alter do Chão com nossos filhos e netos, pois a Vila está cheia de hippies, que se apossaram da Praça e agora fazem o que querem, sem serem repreendidos pelas autoridades. Isso tem que ser contido urgentemente, pois a pacata Vila pode se transformar em um campo de nudismo. Isso sem falar, que eles usam bebidas alcoólicas e outros tipos de drogas à luz do dia”, declarou o pai de família.
Nos últimos meses, por conta de atrair visitantes de várias regiões do Brasil e de diferentes países do mundo, a vila de Alter do Chão, conhecida por suas praias com areias brancas e águas cristalinas, tem chamado atenção de algumas pessoas em relação à liberdade sexual. Cenas de sexo em plena luz do dia, segundo os banhistas, são comuns na Ilha do Amor.
Já no período noturno, os moradores afirmam que são comuns casais heterossexuais e homossexuais praticarem atos libidinosos tanto na Praia do Cajueiro quanto na Ilha do Amor e na Praça Central da Vila Balneária. Consumos de drogas em lugares públicos são presenciados por quem visita Alter do Chão.
De acordo com a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), não é muito comum ainda ver dois homens ou duas mulheres se beijando em público. Por isso e também pelo próprio arquétipo cultural que o povo brasileiro trás consigo, onde muitas pessoas ficam com uma suspeita íntima e silenciosa, de que o beijo público entre homossexuais deva possuir “alguma coisa” de ilegal.
De acordo com a ABGLT, não há nenhuma ilegalidade entre um casal homossexual se beijar e, que a troca de carinho não configura qualquer crime ou contravenção penal. A ABGLT informou que é um direito dos homossexuais se beijarem onde quer que seja.
A ABGLT esclarece que o antigo crime de atentado violento ao pudor (art. 214 do Código Penal), que hoje passou a ser crime de estupro (art. 215), para que exista, depende de alguém sofrer o constrangimento da prática de qualquer ato de natureza sexual (sexo oral, vaginal, anal). Pratica esse tipo de delito aquele que força outrem a praticar algum ato de natureza sexual. Beijo consentido e sexo forçado são coisas muito diferentes. Não há e nunca houve atentado violento ao pudor pela prática da demonstração de afeto pelo beijo.
Por sua vez, o ultraje público ao pudor é apenas um capítulo contido no Código Penal, o qual contém vários crimes, entre eles, o crime da prática pelo ato obsceno (art. 223 do Código Penal). Por conseguinte, o crime de ato obsceno é um ultraje público ao pudor. A lei penal atesta considerar crime “praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público”.
ESTRUTURA: Muito se discute em relação à estrutura que o balneário possui para atender os banhistas. Questões que vão desde atendimento, preço dos alimentos, bocas de esgoto que caem diretamente na água do rio Tapajós até a falta de banheiro público. Este último é um dos que mais tem suscitado discussões nos últimos dias. Com o período de férias escolares se aproximando, a praia de Alter-do-Chão tende a ser mais visitada e com isso a procura de turistas e banhistas por banheiros é cada vez maior.
Imagine a seguinte situação: para ir ao sanitário você primeiro tem de sair da praia, depois desembolsar uma taxa em dinheiro para chegar até a Vila. Dependendo da situação, é possível chegar até lá e utilizar o sanitário de um comércio ou até mesmo o único sanitário público, que está em péssima condição de uso. Além de não possuir iluminação, as paredes apresentam rachaduras. Caso contrário, o jeito é apelar para o que fazem a maioria dos banhistas: urinam e defecam na própria praia.
“Tem muita gente que está na praia e para vir pra cá tem que pagar três reais numa catraia. Aí precisa de um banheiro e as barracas não atendem essa demanda. E o pessoal faz o quê? Na água, aí essa água fica poluída. A Prefeitura teria que investir em banheiros químicos”, explica o veranista Márcio Castelo.
Como a ilha de Alter-do-Chão não dispõe de banheiros públicos e nem de banheiros químicos, urina e fezes atingindo as águas da praia podem expor os banhistas a bactérias, vírus e protozoários. A doença mais comum associada à água poluída por dejetos é a gastroenterite. Ela pode apresentar um ou mais dos seguintes sintomas: enjôo, vômitos, dores de estômago, diarréia, dor de cabeça e febre. Outras doenças menos graves incluem infecções de olhos, ouvidos, nariz e garganta.
Fonte: RG 15/O Impacto
Nenhum comentário:
Postar um comentário