Eles se posicionam contrários à PEC que congela os investimentos. Ato segue a mobilização nacional dos servidores da educação
Servidores da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) entraram em greve na manhã desta sexta-feira (25). Eles se posicionam contrários à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55, que congela os investimentos em serviços básicos, como saúde e educação, por 20 anos e a Medida Provisória 746, que estabelece mudanças no ensino médio. Uma passeata em Santarém deu início as ações do movimento que paralisa as atividades por tempo indeterminado. Ato tem apoio dos estudantes que ocupam dois campus da Ufopa.
Com a concentração marcada em frente ao Campus Amazônia, localizado no bairro Fátima, os manifestantes percorreram diversas ruas da cidade como as Avenidas Mendonça Furtado, Barão do Rio Branco e Rui Barbosa. O objetivo foi chamar atenção da sociedade e exigir que não sejam feitos cortes nos gastos com a educação. As medidas consideradas impopulares que estão sendo tomadas pelo Governo Federal também são criticadas pelos servidores.
“Essas medidas podem durar por cinco mandatos presidenciais e prejudicam o próprio processo pedagógico da democracia do país. Vamos protestar hoje contra a PEC, mas também contra as manobras que estão havendo no Congresso e Supremo (Tribunal Federal) que colocam em votação de uma hora para outra e de qualquer jeito, questões importantes como a anistia ao caixa dois e até mesmo leis que influenciam no abuso de autoridade. Diante deste contexto, chamamos a sociedade para o debate destas questões que são fundamentais para o país e iniciamos também nossa greve por tempo indeterminado”, declara Jackson Rego, um dos representantes do Sindicato dos Docentes Universidade Federal do Oeste do Pará (Sindufopa).
Mobilização
Em Assembleia realizada no campus Tapajós na terça-feira (22), servidores da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta sexta-feira (25). A decisão foi tomada após votação que obteve 64 votos a favor e 32 contras. Eles já tinham aprovado o indicativo de greve no dia 16.
Segundo os servidores, a paralisação segue a mobilização nacional dos servidores da educação que também devem paralisar as atividades em outras universidades do país. Os representantes do Sindicato dos Docentes Universidade Federal do Oeste do Pará (Sindufopa) entendem que a PEC afetará diretamente os projetos desenvolvidos pela universidade que atende outros municípios da região.
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