domingo, 6 de janeiro de 2019

MÚSICOS DA BANDA SINFÔNICA WILSON FONSECA, FAZEM APELO AO PREFEITO MUNICIPAL ATRAVÉS DO BLOG, PARA O PAGAMENTO DE TRÊS MESES QUE ESTÃO EM ATRASO DOS BOLSISTAS. COORDENADORES DA BANDA TAMBÉM FIZERAM VÁRIAS REVELAÇÕES BOMBÁSTICAS, COMO O PAGAMENTO DE 9 BOLSAS PARA PESSOAS QUE NUNCA FIZERAM PARTE DA BANDA E A FALTA DE PRESTAÇÃO DE CONTAS POR PARTE DO ANTIGO MAESTRO QUE RECEBIA QUASE R$ 14 MIL REAIS POR MÊS DE CONTRIBUIÇÃO DOS BOLSISTAS

Banda Sinfônica Wilson Fonseca se reuniu ontem para falar ao blog e fizeram várias revelações

Já fazem três meses desde que os músicos da Banda Sinfônica Wilson Fonseca tiveram os pagamentos suspensos pela Secretaria Municipal de Cultura. No dia 25 de outubro de 2018, dirigentes da banda foram alvos da 10ª fase da Operação Perfuga, do Ministério Público do Estado do Pará (MPE). Cerca de 50 integrantes estão sem ver cor do dinheiro das bolsas, cujo benefício ajudava muito os músicos e também sus famílias. Esta semana, os atuais coordenadores da banda procuraram o blog do JK e pediram ajuda no sentido de tentar sensibilizar o Poder Público a retornar com o pagamento dos valores aos bolsistas. Muitos, inclusive, estão passando por necessidades financeiras.

Ao blog, o músico Wildson, um dos atuais coordenadores falou que após o afastamento do diretor Agostinho Fonseca e a equipe gestora, a Justiça determinou a formação de uma comissão para dar continuidade aos trabalhos do Instituto Maestro Wilson Fonseca, que atende várias crianças e jovens. Segundo ele, todos os integrantes que trabalham na Escola de Música são voluntários, não têm salário, por isso, o pagamento da bolsa de incentivo cultural, que é repassado pela Prefeitura como forma de ajuda para esses músicos para ajudar no desenvolvimento desse importante trabalho em nome da cultura santarena. O benefício é amparado por uma lei municipal e desde 1998 a Banda Sinfônica recebe essa ajuda.

Wildson explicou que os dirigentes que estão sendo investigados pelo MPE continuam afastados, sem nenhum tipo de ingerência no trabalho da banda. 

Em reunião com o secretário Luiz Pixica, no mês de dezembro, o mesmo explicou os motivos pelos quais o repasse do benefício foi suspenso, mas que pediu ao prefeito Nélio Aguiar a liberação do repasse. 

“Eu também tive uma conversa com o prefeito e este confirmou que o pagamento seria liberado, mas até agora não foi repassado nada até o momento. Nós precisamos da bolsa, porque muitos são estudantes. A Controladoria Municipal deu um parecer favorável ao pagamento da Bolsa, assim como o próprio MPE que não vê problema na manutenção da bolsa para os integrantes da banda, que continua atendendo as demandas do município, com a apresentação musical. Nós aproveitamos para fazer um apelo para que o prefeito Nélio libere esse pagamento que está fazendo muita falta”, disse. Abaixo o documento onde a Controladoria Geral do Município deu parecer favorável. 




Ele destacou ainda que nove pessoas que recebiam a bolsa em nome da Banda Sinfônica e que são alvos de investigação nunca fizeram parte do grupo. “Nós repassamos todos os documentos contendo os nomes dos atuais integrantes à Controladoria Municipal, junto com relatório de apresentação, frequência e todas as informações que atestem o nosso trabalho. Não tem nenhum motivo que justifique a suspensão desse pagamento”, disse.

O valor da bolsa é de um salário mínimo.

Todos os músicos da banda repassavam R$ 190 de doação obrigatória ao diretor do Instituto, Tinho Fonseca, além da mensalidade. Alguns devolviam R$ 500 para o antigo diretor porque recebiam meia bolsa. “O dinheiro vem para custear o estudo do músico. Se você desviar esse dinheiro, ele vai fazer falta. No caso desse repasse, nós éramos obrigados a dar porque sofríamos ameaças de ser retirado da banda”, finalizou. 

Até o momento, o pagamento continua suspenso, apesar dos inúmeros apelos feitos pelos músicos, que estão sendo penalizados pela falta de sensibilidade dos governantes.

A Banda Sinfônica que tem mais de 20 anos e já levou o nome de Santarém par vários estados brasileiros. Os atuais coordenadores assumiram todas as atividades músico-educacionais em respeito aos mais de 400 alunos matriculados no IMWF.

JK

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