Personagens com os corações e as mentas atentas - atentíssimas - para a mobilização geral sobre o plebiscito que vai decidir sobre a divisão do Pará, previsto para ocorrer em dezembro deste ano, guardam bem guardada uma pesquisa do Ibope.
O levantamento foi feito em março deste ano. Foram ouvidos 1.200 eleitores de municípios situados em todas as regiões do Estado, entre eles, é claro, Santarém e Marabá, o primeiro cogitado para ser a capital de um pretenso Estado do Tapajós, o segundo cogitado para capital do Estado de Carajás.
À pergunta sobre se os eleitores consultados já tinham ouvido falar sobre a divisão do Estado, 62% disseram que sim, enquanto 33% responderam jamais ter ouvido falar sobre o assunto.
À pergunta sobre se eram favoráveis ou contrários à divisão do Pará e, consequentemente, à criação dos Estados de Carajás e Tapajós, 64% dos eleitores consultados se disseram contrários e 27%, favoráveis. O restante disse não ter opinião formada sobre o tema.
A pesquisa, chama atenção um dos personagens que detém todos os números da aferição do Ibope, não pode servir de balizamento seguro e definitivo sobre as preferências e expectativas do eleitorado paraense relativas à proposta de divisão. Isso porque no mês de março, quando o levantamento foi feito, a mobilização referente à criação dos dois novos Estados era quase imperceptível, ao contrário do que acontece agora, quando os comitês já estão trabalhando concretamente, uma vez que o plebisicto está na iminência de ocorrer.
O levantamento do Ibope, segundo os personagens que o conhecem em detalhes, não será divulgado na íntegra porque, estrategicamente, eles acham conveniente esperar um pouco mais, inclusive porque as regras para o plebiscito ainda nem estão definidas, o que deverá ocorrer somente nas próximas semanas, quando uma resolução for editada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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