O tio de Joelson, Marihugo Sigueira, espera agora pela chance de ficar frente a frente com Savana Nathália. O objetivo, afirma, é questionar as razões de Joelson ter sido vítima de um crime tão bárbaro.
“É um direito que tenho, o de ficar diante dela. Ela nem os parentes dela vão ficar com o resto das coisas dele. Queremos tudo de volta, nem que seja para doar ou queimar tudo. Quero saber também onde está a cabeça dele para que possamos dar um enterro decente a ele. Quero ver ela julgada pelas leis vigentes e pegar pena máxima, embora seja muito difícil isso acontecer. Espero que ela pegue pelo menos uns 17 anos de cadeia”, desabafou Marihugo. Marihugo acrescentou que a lembrança de Joelson ficará para sempre na família, mas que ainda quer outros esclarecimentos a respeito do crime.
“Pelas coisas que se diz da vida, o natural é que filhos e netos enterrem os mais velhos, mas não vamos esquecê-lo jamais. Era uma pessoa que só maltratava a comida que mastigava. Nunca fez nada de mal para ninguém”.
O tio da vítima também acredita que o crime foi premeditado por Nathália e o seu comparsa. “Só queria saber o que deu errado, pois quando ela levou os sacos e a faca, o objetivo era esquartejar e levar o corpo nos sacos. Ele era pequeno e poderiam colocar no porta-malas de um táxi e jogar em algum lugar. Mas erraram, porque o quarto em que eles estavam não tinha garagem. Queria ficar frente a frente e perguntar por que ela fez isso com uma pessoa tão boa e que só fez o bem para ela”, lamentou Marihugo.
Ficar diante de Savana Nathália é o desejo de Júlia Bentes, tia e ex-vizinha de Joelson. Ela também não se conforma com a brutal morte do sobrinho.
“Quero ficar frente a frente com ela para saber o porquê ela fez isso com meu sobrinho?” questiona Júlia. Sobre o que espera daqui para frente, Júlia Bentes foi bem direta. “Eu creio que se vai fazer justiça e muito bem feita. Mas queria que eles sentissem a dor que o Joelson sentiu. Eles destruíram a vida do rapaz”.
PAI NÃO VEM
Marihugo Siqueira conversou com o pai de Joelson, Jorge Damião Souza, ainda na tarde de ontem, para informar da prisão do casal acusado da morte do sobrinho. Marihugo relatou que o irmão estava aliviado com a prisão do casal, mas que não poderia vir a Belém para acompanhar o desenrolar do caso. “Ele está trabalhando, mas vai ser informado de tudo que acontecer daqui pra frente”, concluiu.
(Diário do Pará)
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